Coronavírus atinge o mercado de energia elétrica: mais oferta do que procura

Por causa da redução das atividades econômicas, principalmente as industriais, caiu o consumo de energia e hoje o preço no mercado livre desabou.

Por causa da pandemia do coronavírus, entrou em parafuso, também, o mercado livre de energia elétrica, onde, antes desta crise, o seu preço girava em torno de R$ 415 o MW/h.

O Covid-19, em todos os estados e suas capitais e grandes cidades, paralisou quase totalmente a indústria e o comércio - com alguns setores excetuados - e ainda quase todos os serviços, incluindo, principalmente o turismo.

Consequência: o consumo de energia caiu 50%, segundo os especialistas.

Por isto, hoje, no mercado livre (onde está quem compra energia diretamente dos geradores ou dos comercializadores, pelo menor preço) e no mercado cativo (onde estão os que compram a energia das concessionárias de distribuição), há um excesso de oferta, razão pela qual o preço da energia desabou para R$ 270 por MW/h (preço de ontem, quarta-feira).

Onde há boa parceria entre as comercializadoras e as empresas contratantes, as negociações - por causa da inesperada redução do consumo- têm dado bons resultados.

Onde há discórdia, os casos estão indo à decisão da Justiça.

A propósito: a Cagece migrou para o mercado livre de energia.

Desde ontem, quarta-feira, 1, - e até dezembro, quando haverá nova licitação, dessa vez para um contrato de quatro anos - a Empresa de Água e Esgoto do Ceará está a consumir energia fornecida pela pernambucana Kroma, que venceu concorrência há três meses.

A Kroma, presidida pelo empresário Ricardo Melo, é a mesma que, em parceria com empresa norueguesa, implanta projeto de geração solar em Quixeré, na Chapada do Apodi, no Leste do Ceará.

A coluna apurou que essa migração reduzirá a conta de luz da Cagece em 30%.

QUANDO?

Presidentes das entidades empresariais do Ceará - Fiec (indústria), Faec (agropecuária) e Fecomércio, FCDL e CDL (comércio)  - reuniram-se ontem com executivos da superintendência regional da Caixa Econômica Federal.

Trataram de um só tema com duas perguntas:

Como e quando chegarão às empresas as linhas especiais de crédito recém criadas pela CEF para esta emergência econômica causada pela pandemia do coronavírus.

Ouviram que será nos próximos dias, segundo contou um participante da reunião.

A Caixa editará nesta quinta-feira, 2, um manual de instruções.

Reuniões idênticas serão feitas com executivos da superintendência do Banco do Brasil e da presidência do BNB.

ALÔ, ALÔ!

Por causa do coronavírus, baixou o espírito de solidariedade nas empresas de telecomunicações.

A operadora Oi está desbloqueando os serviços interrompidos por inadimplência.

E também postergando em 15 dias o pagamento da conta de abril.

E ainda parcelando em até 10 vezes as contas com 90 dias de atraso.

LIDE

Hoje, das 12 horas às 14h30, o Lide-Ceará, que reúne líderes empresariais do Estado, promove debate com o presidente da C&A no Brasil, Paulo Correa.

Serão debatedores os empresários Edson Queiroz Neto, Beto Studart, Deusmar Queirós, Ivo Machado e Lúcio Carneiro.

Tudo por videoconferência, mas para associados e convidados.

TRISTEZA

Há o lado mais triste e doloroso da Covid-19:

A impossibilidade do último adeus a quem é vítima dele.

Para evitar a propagação do vírus, seu corpo tem de ser, imediatamente, envolvido em um saco plástico, que é lavado com álcool-70%.

O caixão é lacrado, não pode ser mais aberto e deve ser logo enterrado ou cremado. Oh!!!