Ceará trabalha para, outra vez, chamar algodão de ouro branco

Juntaram-se o Governo do Estado, a indústria têxtil e os pequenos produtores rurais, que há dois anos trabalham na revitalização da cultura algodoeira. O Ceará já foi um dos três maiores produtores do País.

Deram-se as mãos o governo do Estado, a iniciativa privada e o produtor rural para viabilizar, em tempo mais curto do que o previsto, o Projeto de Reabilitação da Cultura do Algodão no Ceará. 

Grandes empresários do setor agrícola cearense – antes céticos quanto ao sucesso da empreitada – agora já enxergam boas possibilidades de êxito do empreendimento. 

Há dois anos, está acontecendo o seguinte: indústrias têxteis, principalmente as de fiação e tecelagem, apostando na tradição de que o Ceará e sua região semiárida já foram o maior produtor de algodão do Nordeste e um dos três maiores do País, decidiram associar-se à iniciativa da Secretaria Executiva do Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do governo cearense. 

Ato contínuo, as duas partes procuraram os pequenos produtores de diferentes regiões do Estado – o Cariri e a Chapada do Apodi, no meio – com a seguinte proposta: os produtores plantam as sementes (desenvolvidas pela Embrapa) que o Estado lhes fornece e a indústria financia a colheita mecanizada e garante a compra da produção por preços do mercado. Feito! 

O modelo expande-se, novos produtores aderem ao programa e mais indústrias de fios e tecidos do Ceará agregam-se a essa experiência tripartite.

O objetivo é, no tempo de um lustro ou menos, chegar a 30 mil hectares cultivados de algodão de sequeiro, em algumas áreas, e irrigado, em outras. 

No Cariri e no Apodi, as duas técnicas podem ser usadas simultaneamente, dependendo da normalidade das chuvas e de sua distribuição espacial.  

A perpectiva é esta: o algodão já foi chamado aqui de ouro branco. Se-lo-á outra vez. 

CONFIANÇA

Além de minar a confiança do empresário, a insegurança jurídica é mais um motivo para que se aprovem logo as reformas Tributária, para simplificar o labirinto do modelo atual, e a Fiscal, para dar um jeito nas despesas do governo, que sempre gastou muito e mal. 

O comentário acima é do jovem empresário Antônio Lúcio Carneiro, sócio majoritário e CEO da Resibras, grande produtora, beneficiadora e exportadora cearense de castanha de caju. 

Antes dele, já havia sido registrada aqui a opinião do jurista e reitor da UFC, Cândido Albuquerque, que concordou com esta coluna, para a qual o que causa medo ao empresariado é a insegurança jurídica. 

Modelo tributário simplificado e modelo fiscal que dê eficiência ao gasto público geram confiança, investimento, emprego e crescimento – diz Antônio Lúcio Carneiro.

IRMÃO SOL

Novidade na área da energia elétrica! 

O empresário e também político Carlos Matos, criou e já opera a Solarisa Brasil, empresa que projeta e instalada parques de mini e microgeração de energia solar. 

À Solarisa associou-se Vinícius Cruz, seu diretor técnico, engenheiro especialista em energias renováveis. 

Carlos Matos e sua empresa já instalaram seu primeiro parque, localizado em um sítio do vizinho município de Aquiraz. 

O parque é constituído por 711 painéis fotovoltaicos, cuja potência é de 246 KW no pico. 

Mais quatro parques já foram projetados e serão instalados, porém, por causa de contrato de confidencialidade, a identidade dos clientes não pode ser revelada.

SEM FISCALIZAÇÃO

Paulo César Queiroz, leitor assíduo e atento desta coluna, chama a atenção de quem interessar possa, principalmente das autoridades da Secretaria da Saúde: 

No Porto das Dunas - como em outras praias cearenses - “há de tudo nos fins de semana, desde aglomeração na praia e nos bares, paredões de som e passeios de veículos 4x4 na praia”. 

E conclui: com uma pergunta: “Há ou não há isolamento social?”



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