Ceará manda 100 milhões de m³ de água para a Paraíba

Todo o volume acumulado no açude Atalho desce para testar canais e túneis do Projeto S. Francisco que levarão água para a PB e o RN. Em mais: 1) CSP e seus incríveis números; 2) O OGU virou um bicho; 3) Conta de luz vai ficar caríssima

Águas do Canal Norte do Projeto São Francisco retomaram ontem o caminho pelo qual chegarão à Paraíba, primeiro, e ao Rio Grande do Norte, depois.

Elas saem daqui para lá pela barragem do Jati e chegam ao açude do Atalho, de onde seguem para a represa de Porcos, ambas na geografia cearense e ambas integrantes do Projeto São Francisco de Integração de Bacias.

A barragem do Atalho já acumulava quase 100 milhões de metros cúbicos de água, volume que começou a ser liberado ontem para a de Porcos, à jusante, como forma de testar o canal e os túneis Conca I e Conca II construídos em solo cearense, através dos quais chegarão à Paraíba.

Um detalhe para tranquilizar os cearenses:
 
Toda a água do São Francisco que está chegando hoje à barragem de Jati – cerca de 11 metros cúbicos por segundo – tem, hoje, como exclusivo destino a barragem do Castanhão, como explica à coluna o secretário de Recursos Hídricos do Governo do Estado, engenheiro Francisco Teixeira, que, vale lembrar, foi ministro da Integração Nacional.

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), cujo titular é o potiguar Rogério Marinho, toma, assim, a correta decisão de usar o volume acumulado no açude Atalho para testar todo o sistema de barragens, canais e túneis que interligará o rio São Francisco aos rios do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Quando todo esse sistema estiver testado, aí sim as águas do São Francisco, acumuladas em Jati, serão repartidas: uma parte irá para o Castanhão, outra parte será encaminhada para a Paraíba e o Rio Grande do Norte.

É por isto que os governos do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, os quatro estados beneficiados pelo Projeto São Francisco, devem logo adotar uma posição política no sentido de obterem do MDR e da Agência Nacional de Águas (ANA) o aumento da vazão do empreendimento, que precisa saltar dos atuais 26,5 metros cúbicos por segundo para 55 metros cúbicos por segundo.

Sem esse acréscimo, os objetivos do Projeto São Francisco, de oferecer segurança hídrica às populações e às atividades econômicas do semiárido Setentrional estarão comprometidas pela limitada vazão atual.

CRISE DA HOTELARIA EM FORTALEZA É GRAVE; EM SP, É PIOR

Em Fortaleza, como esta coluna revelou ontem, a rede hoteleira enfrenta a pior crise de sua história.

Os hotéis da cidade, incluindo os de categoria cinco estrelas, estão a operar com apenas 8% de sua capacidade.

De São Paulo, o executivo cearense de um grande grupo empresarial com fábricas e negócios no Ceará, manda dizer que o hotel em que, desde 1979, se hospeda na capital paulista estava ontem com 3% de ocupação.  Repita-se: 3%.

A situação da hotelaria é tão grave em Fortaleza, que o governo do Estado, para socorrer o setor, baixou Edital, por meio da Secretaria de Saúde, com o objetivo de contratar até 200 quartos de hotéis para “a desospitalização de pacientes com Covid-19”.

E impôs algumas condições aos interessados, como a existência, na área ao redor do hotel, de “extensa área verde e circulação de ar fresco”.

O primeiro estabelecimento com essas boas condições que vem à lembrança é o Hotel Marina Park.

HÁ 13 ANOS, A CSP FOI CONSTITUÍDA  

Nesta sexta-feira, 16, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), maior investimento privado da história do Ceará, celebra 13 anos de um marco importante – o da sua formal constituição.
 
Num dia como este, em 2008, ela nasceu legalmente pela decisão de seus sócios – a brasileira Vale e as coreanas Posco e Dongkuk – de construírem no Ceará a mais moderna siderúrgica do mundo. 

Hoje, 1.761 dias depois de produzir sua primeira placa de aço, em junho de 2016, a CSP – já transformada em orgulho dos cearenses – exibe um número relevante, que prova a sua força e o seu potencial: 12,5 milhões de toneladas de placas já fabricadas e exportadas para 23 países, entre os quais EUA, México, Coreia do Sul, Turquia e República Tcheca.

A CSP é a única siderúrgica brasileira com capacidade de produzir placas de aço com 300 milímetros de espessura, ideais para a construção de navios. 

Seu portfólio é composto por mais de 200 tipos de placas, usadas para a fabricação dos mais diferentes produtos.

Os produtos da CSP receberam as certificações de Qualidade ISO 9001; Meio Ambiente ISSO 14001; e de Alta Tecnologia (International Automotive Task – IATF, Maxion Wheels, Siemens Gamesa, Caterpillar e Scania).

Marcelo Botelho, presidente da CSP, ressalta que sua empresa, apesar de nova (iniciou a produção em 2016), “expressa seu compromisso com a excelência”.
 
Botelho afirma:

“A CSP é uma das mais modernas siderúrgicas do Brasil e do mundo. Nós queremos consolidá-la como referência em segurança, qualidade, custo, desenvolvimento tecnológico e sustentável na produção do aço. Os desafios inerentes ao setor estão sendo superados pela CSP por meio da inovação, investimentos em tecnologia e sucessivas melhorias em todas as áreas. O compromisso com o melhor desempenho reflete-se nas certificações que já conquistamos”.

Há outras informações que tornam a CSP um caso de sucesso. 

Por exemplo: ela já investiu mais de R$ 40 milhões em programas de responsabilidade social, beneficiando 28 mil pessoas.
 
Neste ano, a CSP está a investir R$ 1,1 milhão no terceiro ciclo do Programa Território Empreendedor, em parceria com o Sebrae-Ceará, fortalecendo pequenos negócios existentes nos municípios do seu entorno.

Desde sua construção até aqui, a CSP gerou 22 mil empregos diretos e indiretos.
 
O município de São Gonçalo do Amarante, onde a usina da CSP está instalada, registrou ganhos de participação no PIB do Ceará, passando de 0,26% em 2002, para 2,91% em 2018 – algo extraordinário, segundo registra o Ipece.
 
Sozinha, a CSP, instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), produz o equivalente a 28% de todas as placas de aço fabricadas pela siderurgia brasileira.

Tem mais: a CSP responde por 50% de todas as exportações do Ceará e por 63% da movimentação de cargas do Estado, entre matérias primas, equipamentos e produtos exportados e importados pelo Porto do Pecém.

ORÇAMENTO VIROU UM BICHO ASSUSTADOR E ILEGAL

Sócios da Asa Investimentos, os economistas Carlos Kawal, Gustavo Ribeiro e Leonardo Costa afirmaram ontem, em relatório enviado aos seus clientes, que o Orçamento Geral da União (OGU) revelou “o viés populista fiscal do atual governo”.

Para o trio de economistas, o governo – neste caso, leia-se Paulo Guedes, ministro da Economia – “busca mais recursos para uso político eleitoral, colocando em segundo plano a agenda de reformas”.
 
Eles sugerem que o Governo e o Parlamento encontrem, o mais rapidamente possível, uma equação para o problema “por meio da readequação das emendas parlamentares e da recomposição dos gastos obrigatórios, sob pena de flagrante ilegalidade”. 

Não será fácil: o DNA do Centrão – liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – é, como sempre foi, fisiológico. Ou seja, o apoio dos partidos que o compõe só acontece em troca de cargos e emendas parlamentares.

Coincide com o que esta coluna tem dito nos últimos dias a respeito da inexequibilidade do OGU, que, do jeito que está, é uma mistura de porco espinho com tamanduá, algo tão estranho que, se sancionado, levará o presidente Bolsonaro direto ao processo de impeachment.

BRASÍLIA: UM DIA DE ÓCIO PARA O PARLAMENTO 

Há uma gravíssima crise que, além da saúde, ataca a política e a economia brasileiras. 

Não obstante, hoje, sexta-feira, um dia útil, Brasília, a capital do País, está entregue ao ócio: não há sessões na Câmara dos Deputados nem no Senado Federal.

Nem pelo modo presencial, muito menos pelo virtual.

AUTOMÓVEIS: AS 10 MAIS VALIOSAS DO MERCADO

Até alguns anos atrás, a Ford era uma das 10 maiores e mais valiosas indústrias do setor automobilístico mundial. Hoje, ela nem aparece nessa lista.

A norte-americana Tesla é a mais valiosa, com valor de mercado na casa dos US$ 738,8 bilhões.

A segunda é a japonesa Toyota, a terceira é a alemã Volkswagen, a quarta posicionada é outra alemã, a Damler (Mercedes), a quinta é a norte-americana General Motors, a sexta é a chinesa BYD, a sétima é a alemã BMW, a oitava é a chinesa NIO, a nona é a multinacional Stellantis e a décima é a coreana Hyundai.

Detalhe, o valor de mercado da Tesla é equivalente à soma dos valores da segunda até a sétima colocada.

ANEEL AMEAÇA BRASILEIRO COM ENERGIA MAIS CARA

Desenha-se nos corredores e gabinetes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um aumento espetacular na tarifa de energia elétrica do brasileiro – o cearense no meio.

Se forem verdadeiros os cálculos da Aneel, a conta de energia do próximo mês de maio poderá ficar 21% mais cara.

A inflação está rondando os 6% ao ano.

Em plena pandemia que causou mais de 360 mil mortes, o desemprego de 14,2 milhões de trabalhadores e o fechamento, puro e simples, de milhares de empresas, principalmente de pequeno porte e boa parte delas do ramo de restaurantes e bares.

Ou deu a louca na Aneel ou o Brasil que se exploda.

ARTUR BRUNO QUER POLITICA PARA ANIMAIS NO CARIRI

Artur Bruno, secretário de Meio Ambiente do Governo do Estado, reuniu-se com prefeitos de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, com os quais tratou da criação de uma política destinada à proteção animal naquela região denominada  Crajubar.

Decidiu-se pela criação de um Grupo de Trabalho, com a participação de técnicos dos três municípios, para desenvolver e apresentar, no mais curto tempo possível, uma proposta que atenda ao interesse das partes.

“Nosso objetivo é dar mais atenção à questão da fauna silvestre, bem como a doméstica, naquela região”, diz à coluna o secretário Artur Bruno.
  
Ele acrescenta que “as políticas voltadas para a proteção dos animais são, em geral, poucas e dispersas. Tentaremos desenvolver um trabalho forte com os três municípios em parceria coma SEMA”.

ECONOMIA CHINESA CRESCE MAIS DE 18% NO TRIMESTRE

Festa nas bolsas do mundo. As da Ásia fecharam nesta sexta-feira em alta; as da Europa abriram também em alta.

Motivo: boas notícias das economias dos EUA e China.

O PIB da China cresceu 18,3% no primeiro trimestre deste ano.

Foi na China que surgiram o novo coronavírus e, em seguida, a primeira vacina contra a Covid-19.

Nos EUA, caíram muito os pedidos de seguro-desemprego.

A economia das duas superpotências alegra e anima os mercados.



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