Ceará instala no Cariri Centro de Cultura Protegida

Ele será localizado em Barbalha, na Região do Cariri, no Sul do Ceará, e terá a consultoria da melhor universidade do mundo, a de Wageningen, na Holanda. O centro ensinará como produzir hortaliças sob estufas e sem agroquímicos.

Sairá do papel até o fim deste mês o projeto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado (Sedet), revelado por esta coluna no dia 19 de novembro do ano passado, de instalação de um Centro de Cultivo em Ambiente Protegido.
 
Será o primeiro do Nordeste.

Esse centro, que será localizado em Barbalha, na Região do Cariri, no Sul do Ceará, terá a consultoria da melhor universidade do mundo nessa área, a de Wageningen, na Holanda, com a qual a Sedet já celebrou contrato.

O anúncio oficial do Centro de Cultura Protegida será feito nos próximos dias pelo governador Camilo Santana. Esse projeto mobilizará não só a Sedet, mas também a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), pois o seu objetivo serão os pequenos produtores de hortaliças.

Como entidades parceiras, integrarão o corpo técnico do Centro professores da Unicamp, UFC, Embrapa, IFCE, Sebrae e Faec-Senar.

A cultura protegida, como o próprio nome sugere, é desenvolvida sob estufas, o que protege as culturas contra pragas, reduzindo praticamente a zero o uso de defensivos químicos e privilegiando os defensivos orgânicos.

Além disso, elas consomem muito pouca água.

Amanhã e depois, três consultores, todos da Universidade de Wageningen – os espanhóis Esteban José Romero e Nieves Garcia Victoria e a portuguesa Fátima Baptista – participarão de uma vídeo conferência, mediada pelo professor Antônio Bliska Júnior, da Unicamp (SP), que debaterá sobre as culturas protegidas.

O agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro, secretário Executivo do Agronegócio da Sedet, participará do debate.

No Ceará, no município de São Benedito, na Serra da Ibiapaba, a Itaueira Agropecuária utiliza há mais de três anos essa tecnologia, produzindo pimentões coloridos sob estufas, as quais ocupam uma área de mais de 20 hectares.
 
Lá toda a produção é orgânica, sem a utilização de agroquímicos.

O Centro de Cultivoem Ambiente Protegido, que será usará as instalações industriais e todo o terreno da estatal Usina de Cana-de-Açúcar de Barbalha, produzirá, além de hortaliças como tomate e pimentão, frutas de alto valor agregado, como o morango, segundo revelou à coluna uma fonte que acompanha a elaboração do projeto. 

De acordo com a mesma fonte, o Centro oferecerá cursos técnicos para os produtores e contará com um showroom que mostrará produtos (como estufas) e serviços (como fertirrigação, iluminação controlada, processamento e embalagens) de empresas nacionais e estrangeiras, tudo isso com o objetivo de gerar riqueza para todos os agricultores e aquicultores do Ceará.
 



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