Cagece garante água de reúso para Hidrogênio Verde

Água tratada do sistema de esgoto de Fortaleza pode transferir 1,3 m³ por segundo às usinas australianas que serão instaladas no Pecém. E mais: 1) Brisanet emprega 300 pessoas por mês; 2) UFC pesquisa construção civil; 3) BNB apoiará eventos do Sindienergia

Estimam os especialistas que cada uma das duas usinas de Hidrogênio Verde que – se tudo der certo – serão implantadas por empresas australianas no Complexo do Pecém precisará, para o seu processo industrial, de 0,3 m³ por segundo de água doce, insumo que seria produzido por unidades industriais de dessalinização da água do mar.

Mas, se depender da Cagece, não será necessário fazer tão alto investimento na dessalinização. O presidente da empresa, Neuri Freitas, explica por quê:

“Nós temos condição de fornecer às usinas de Hidrogênio Verde 1,3 m³ por segundo de água de reúso, oriunda de todo o nosso sistema de esgotamento sanitário, cujos efluentes são tratados, permanentemente, e, livres de bactérias, jogados no oceano. Todo esse volume de água seria transportado para o Pecém”.

Mas como se implementarão essa oferta e esse transporte? – indaga a coluna.

O presidente da Cagece, com a tranquilidade que o caracteriza, responde:

“Temos um Plano A e um Plano B. O primeiro prevê a construção de uma adutora de aço, enterrada, que transportaria os 1,3 m³ por segundo de água de reúso para as usinas australianas. O Plano B usaria, para esse transporte, o canal do Eixão das Águas desde Caucaia até o Pecém”.

Mas a água de reúso, oriunda da Estação de Tratamento da Cagece, na praia da Leste Oeste, não contaminaria o leito do Eixão das Águas tendo em vista a sua origem? – indaga de novo a coluna.

Neuri Freitas abre um sorriso e expõe:

“A água de reuso é mais limpa e mais potável do que a água bruta transportada hoje pelo Eixão das Águas desde o Castanhão até o Complexo do Pecém. Ela atenderá, do ponto de vista técnico, a todas as exigências de uma usina de produção de Hidrogênio Verde”.
 
O presidente da Cagece revela que, tão logo tomou conhecimento das necessidades de água doce das usinas de Hidrogênio Verde, procurou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), a cujo titular, engenheiro Maia Júnior, apresentou sua proposta. 

Neuri Freitas não tem dúvida quanto à viabilidade do seu plano, que, com outro objetivo (abastecer a usina da CSP e as demais indústrias do Complexo do Pecém), já foi motivo de debate na Sedet e na Secretaria de Recursos Hídricos (SRH). 

Ele tem absoluta certeza de que a água de reúso da Cagece será mais do que suficiente para atender à demanda das duas usinas de Hidrogênio Verde que as empresas australianas instalarão no Pecém. 

“Ora, se o consumo das duas usinas será de 0,6 m³ por segundo e nós podemos oferecer 1,3 m³ por segundo, está claro que os investimentos dos australianos têm a chance de ser, agora, bem reduzidos diante da viabilidade da nossa proposta”, conclui o presidente da Cagece.

PROMESSAS PARA PROFISSIONAIS DE EVENTOS

Um leitor desta coluna, atuante no setor de eventos, adverte: do pacote de auxílio anunciado pelo governo do Estado do Ceará para profissionais da área de eventos, “só um foi cumprido, o pagamento de uma ajuda de R$ 1 mil por meio da Lei Aldir Blanc”.

O leitor escreve: “Mas até esse auxílio foi irregular, visto que o Artigo 5º daquela Lei determina o pagamento de três parcelas de R$ 600, perfazendo um total de R$ 1.800,00”. 

E pergunta: “Quando o governo cumprirá o que prometeu?”

COVID: UFC PESQUISA A CONSTRUÇÃO CIVIL

Com recursos do CNPQ e da Fundação Gaúcha de Amparo à Pesquisa, as Universidades Federais do Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul, em parceria com o Sinduscon de cada um desses estados, realizaram estudo relacionado ao controle da propagação da Covid-19 em canteiro de obras da construção civil, cujos primeiros resultados começaram a ser divulgados.

Coordenado no Ceará pelo professor Barros Neto, da UFC, o estudo apresenta as seguintes conclusões:

“Maior atenção deve ser dada às ‘áreas de vivência’, tais como vestiários, refeitórios e entrada da obra.
“A locomoção à obra é também um ponto crítico.

“Na produção, os pontos críticos para o distanciamento social são atividades que necessitam de força física por parte de um grupo de pessoas, como a concretagem.

“Houve uma melhoria substancial em questões de higiene e limpeza nas obras.

“Muitas boas práticas foram desenvolvidas e implementadas pelas obras, devendo as mesmas ser disseminadas e mantidas após a pandemia.

“Os dados mostram uma homogeneidade na adoção das medidas nas obras. Percebeu-se uma boa adoção e comprometimento das obras com as medidas.

“Embora alguns entrevistados tenham apontado a conscientização da mão de obra como um desafio, muitos gestores parecem satisfeitos com o engajamento das equipes.

“Esse engajamento pode estar relacionado aos riscos percebidos pelo operário como a saúde ou a perda do emprego.

“Ainda não há necessidade de um esforço continuado para que os padrões sejam seguidos: novos treinamentos, gestão visual, rotinização dos procedimentos e manutenção da infraestrutura.

Nos meses em que foram realizadas as entrevistas, no segundo semestre de 2020, pareceu existir uma sensação de relaxamento para com as medidas de prevenção à contaminação, portanto, a conscientização precisa de ser reforçada”.

UM INIMIGO DA COVID CHEGA A FORTALEZA

Uma boa notícia! Foi aberta a empresa cearense UFW Technology, que assegura estar trazendo para cá uma solução para o combate à Covid-19.

A UFW trabalha com UV-C, ultravioleta germicida capaz de eliminar do ambiente, após a esterilização, 99,99% de vírus, bactérias e germes, incluindo o SARS-COV-2 – o coronavírus.

É o mesmo processo de esterilização que as companhias aéreas utilizam nos seus aviões antes da decolagem dos seus aviões.

A empresa já esterilizou a Rádio e os espaços de oração da Comunidade Shalon e o Hospital Amadeu Sá, no Eusébio.

INFLAÇÃO: PREÇO DE SOJA E MILHO DISPARAM

Acendeu a luz vermelha de perigo nas empresas da agropecuária brasileira. O motivo é um só: a subida desenfreada do preço dos insumos que entram na composição da ração alimentar do plantel avícola e dos rebanhos suíno e bovino leiteiro.

Principais insumos utilizados pela indústria de ração animal, o milho e a soja representam cerca de 80% dos custos de alimentação de aves e suínos.
 
O preço do milho aumentou 100%; o da soja, 75%, repercutindo no preço dos alimentos expostos nos supermercados e na bodega da esquina. 

Consequência: para produzir um quilo de suíno, o criador gastava um ano atrás R$ 4; agora, este custo subiu para R$ 7.

Eis uma das causas do elevado índice de inflação apurado pelo IPCA do IBGE no último mês de maio: 0,83%.

Assim, anualizada, a inflação brasileira chegou aos incríveis 8,06%, bem mais do que o teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 5,25% (o centro da meta é de 3,75%).

Estamos em junho e a taxa de inflação já bateu em 3,22%. 

Na próxima semana, haverá reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Provavelmente, haverá um novo aumento da taxa de juros, o que atrairá investidores, fazendo abaixar ainda mais o dólar. 

BNB APOIARÁ EVENTOS DO SINDIENERGIA

Informa o Sindicato da Indústria de Energia do Ceará, o Sindienergia: no próximo mês de outubro, a entidade promoverá, em Fortaleza, dois eventos, o Proenergia e o I Feirão Nacional de Energias Renováveis.

Ambos foram apresentados ontem pelo presidente do Sindienergia, Luis Carlos Queiroz, ao superintendente do Banco do Nordeste no Ceará, Rodrigo Bourbon, e à sua gerente executivo de Desenvolvimento Territorial, Jeânia Gomes.

O BNB deverá emprestar apoio aos dois eventos.

BRISANET EMPREGA 300 PESSOAS POR MÊS

Marcela Abelenda, diretora de Pessoas da cearense Brisanet, maior empresa de Telecom do Nordeste, informa que sua companhia está contratando 300 novos empregados por mês.

Isso tem sido possível por causa da acelerada expansão que a Brisanet, com sede na cidade de Pereira e cujo sócio majoritário é o autodidata José Roberto Nogueira, vem experimentando nos seis estados do Nordeste, onde atua.
 
Onde a empresa mais vem crescendo é em Fortaleza, cuja geografia urbana e suburbana já está quase toda enlaçada pelos cabos de fibra ótica da empresa, que oferece banda larga, tevê por assinatura e telefonia fixa.
 
Segundo a Anatel,a Brisanet, que tem hoje 700 mil assinantes, é a quinta operadora brasileira de telecom que mais registra acessos de banda larga (internet de alta velocidade).
 
UM ROLLS-ROYCE 100% ELÉTRICO E FUTURISTA

Vem aí o Silent Shadow, o carro 100% elétrico da Rolls-Royce, empresa do Grupo alemão BMW, que promete chegar com novidades tecnológicas, incluindo bateria com autonomia para 500 quilômetros.

Há detalhes que não existem noutros veículos, elétricos ou não.

Por exemplo: os paralamas deixam cobertos 50% das rodas.

Outro exemplo: as portas laterais abrem como as de hoje, mas o capô abre lateralmente.

O design do Silent Shadow (sombra silenciosa) é futurista e dá a impressão de que integra a frota de automóveis do Batman.
E o preço? A Rolls-Royce ainda não tocou no assunto.

FUTEBOL; UMA RESPOSTA DOS NORDESTINOS

Uma resposta aos preconceituosos comentaristas esportivos de emissoras de rádio do Sul e Sudeste do país:

Os gigantes do futebol sudestino e sulista, como Internacional, Palmeiras, Corinthians, Vasco da Gama já foram alijados da Copa do Brasil, e por times do Nordeste.

A propósito de futebol: ontem, o Fortaleza derrotou mais uma vez, e agora por 3 x 0, a equipe do Ceará Sporting.

Sob o comando do argentino Vojvoda, a equipe tricolor do Pici está invicta, e praticando um futebol digno de aplausos.
E tudo com os mesmos jogadores que tinha antes da chegada de Vojvoda. 



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