Quando – e se – for aprovado o Novo Marco Regulatório do Saneamento, a região Nordeste contará com uma vantagem comparativa que atrairá os investimentos privados previstos pela proposta prestes a ser votada no Senado.
O economista Marcos Holanda, ex-presidente do Banco do Nordeste, revelou nesta quinta-feira, 18, a esta coluna, que, quando presidia o BNB, negociou com o Banco Central a nova fórmula de cálculo dos juros do Fundo Constitucional do Nordeste – o FNE.
“Na nova fórmula, introduzimos um deságio em relação à TLP (Taxa de Longo Prazo) que surgia do Coeficiente de Desigualdade Regional (CDR)”, contou Marcos Holanda.
Ele acrescentou:
“Além disso, para investimentos em oferta de água e saneamento, conseguimos um desconto adicional de 20%, o que significa que o BNB poderá financiar projetos de saneamento com uma taxa de juro real de 0,8% ao ano. Repito, ao ano!”.
De acordo com Holanda, “com o Novo Marco Regulatório do Saneamento, teremos condições de fazer uma revolução na região Nordeste, resgatando uma dívida social secular”.
Marcos Holanda finalizou assim:
“Temos demanda, pois a atual cobertura é muito baixa, temos capacidade de oferta, uma vez que o setor privado tem interesse de investir, e temos recursos financeiros abundantes e baratos para financiar os projetos. Com o Novo Marco Legal, fechar-se-á o ciclo para um choque de saneamento no Nordeste”.