Todo o primeiro piso do Pavilhão Oeste do Centro de Eventos do Ceará será ocupado pela edição deste ano da Pecnordeste – a grande feira da agropecuária e da agroindústria nordestinas que se realizará nos dias 15, 16 e 17 do próximo mês de junho.
Esta é a primeira boa informação. A segunda é a seguinte: todos os mais de 400 estandes da feira –o dobro do ano passado – foram comercializados.
Neste ano, a Pecnordeste terá a presença da carcinicultura e da agroindústria da cachaça, com espaços distintos para a exposição de seus produtos.
Na versão 2023, a feira mostrará, também, a força econômica e política da agropecuária cearense, e isto é mérito das lideranças do setor, que se uniram em torno de sua Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), uma entidade que, até dois anos atrás, era só um organismo que vegetava na estrutura do chamado Sistema S.
Sua receita anual, em 2021, era de apenas R$ 16 milhões; hoje, já ultrapassou os R$ 50 milhões, e a meta de sua atual gestão é chegar aos R$ 100 milhões no fim do próximo ano.
Como isso tem sido possível? Por meio de providências simples, mas preceituadas pela cartilha da boa administração, a começar pela redução dos custos e pelo bom exemplo, um dos quais foi dado pelo seu próprio presidente, Amílcar Silveira – um agropecuarista criador de caprinos no Sertão Central – cujo trabalho não é remunerado, o que quebrou uma antiga tradição na Faec.
Esses bons exemplos trouxeram para dentro da Faec produtores rurais de todos os tamanhos, e esta é uma das razões da nova Pecnordeste, que no ano passado já mostrava prestígio: pela primeira vez, a solenidade de abertura da feira teve a presença física da maior autoridade do estado, a então governadora Izolda Cela, que se impressionou com o que viu.
Neste ano, incentivados pelo sucesso da Pecnordeste 2022, grandes empresas industriais – que produzem tratores, máquinas e implementos agrícolas, como a Cemag e a Massey Ferguson – não só reservaram espaço, mas dobraram a área de seus estandes para a exposição do que produzem.
O cearense Cristiano Maia, maior criador de camarão do país e presidente da Camarão BR – entidade nacional que congrega os maiores carcinicultores brasileiros – garantiu, ainda no ano passado, a presença do seu setor na Pecnordeste 2023.
Os carcinicultores ocuparão um espaço próprio e distinto para mostrar o que produzem, para fazer negócios e para promover, durante a feira, eventos técnicos que mostrarão a vitalidade de sua atividade.
Da mesma maneira, os produtores de aguardente – de pequeno e grande portes – terão, também, espaço distinto para expor seus produtos e para promover sua degustação.
Outra novidade da feira deste ano será o Espaço Pet, que terá estandes de empresas ligadas ao setor de cães e gatos.
A indústria de lacticínios e, também, as queijarias artesanais terão mais espaço na Pecnordeste deste ano, assim como as granjas avícolas, que alargaram sua área para exibir seus produtos e, principalmente, para mostrar seus impressionantes números. Por exemplo: a Tijuca Alimentos produz, por dia, 2 milhões de ovos, dos quais 500 mil são entregues à rede de supermercados Mateus.
O prestígio da Pecnordeste já chegou a Brasília, de onde virá a ex-ministra da Agricultura e hoje senadora Tereza Cristina, que falará para os produtores rurais cearenses. O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, também virá. Ele deveria ter vindo no ano passado, mas não veio porque fraturou o pé.
A Pecnordeste 2023 ocupará área de 12 mil metros quadrados, mais do que o dobro da do ano passado.
O evento terá, como em 2022, o apoio da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Sebrae, Sesi-Ceará, Embrapa, Samaria Rações, Sindialimentos e Equinocultura Ceará.