Lula em Pequim consolida China como parceiro preferencial

Segundo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chineses instalarão fábrica de carros elétricos em local ainda ainda não escolhido (o Ceará é candidato).

Da visita do presidente Lula à China, encerrada nesta sexta-feira, colhem-se duas constatações: 

1) O governo brasileiro consolidou a China como parceiro preferencial, a tal ponto que as duas partes já iniciaram estudos (está no comunicado conjunto distribuído após o encontro de Lula com Xi Jinping) para que seja o o Yuan, a moeda chinesa, e não o dólar a unidade de valor de suas transações comerciais; 

2) A tradicional e longa parceria com os Estados Unidos continuará, não só pela proximidade geográfica, mas também porque é a economia norte-americana, ainda, a maior do planeta, sendo destino de boa parte das exportações brasileiras de manufaturados (os chineses importam do Brasil matéria primas agrícolas e minerais) e pouca manufatiiura.

Às 11 horas de hoje (22 horas em Pequim), o ministro da Fazenda – substituindo Lula na entrevista aos jornalistas, uma ausência cuja causa não foi explicada até agora – disse que a possibilidade de o Brasil e a China usarem a moeda chinesa nas trocas comerciais já vem sendo estudada há algum tempo, podendo ser estendida também para o comércio dos países do Mercosul com o grande país asiático.

Haddad disse que, entre os acordos assinados hoje, consta o que prevê a instalação de uma fábrica chinesa de carros elétricos em algum estado brasileiro a ser definido (o Ceará e a Bahia brigam por ela, tendo os baianos mais chances de êxito porque essa fábrica utilizaria os mesmos galpões onde funcionou a Ford).

O ministro Fernando Haddad, indagado sobre qual será a reação dos EUA diante da agora mais fortalecida relação do Brasil com a China, disse, com outras palavras, que os norte-americanos estão dando sinais contrários ao melhor interesse brasileiro, pois estão fechando algumas fábricas aqui, ou seja, desempregando pessoas. 

De acordo com os acordos hoje assinados com a China, os chineses investirão em importantes setores da economia brasileira, como ferrovias, rodovias e energias renováveis.