Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles. Soprava um vento forte e o mar estava agitado. Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo. Mas Jesus disse: 'Sou eu. Não tenhais medo'. Quiseram, então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo.
Reflexão – A tempestade pode ser consequência das nossas deliberações equivocadas.
Lendo este Evangelho, ressaltam aos nossos olhos alguns sinais que servem de orientação para a nossa travessia no mar da nossa vida! Anoitecia e os discípulos desceram ao mar, sozinhos; estava escuro e durante o cruzamento soprava um vento forte, por isso o mar estava agitado; os discípulos já tinham remado bastante; e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles! Fazendo um paralelo com a nossa vida, verificamos que o mar está agitado quando as coisas e os acontecimentos estão fora dos padrões normais; que nos sentimos na escuridão quando não conseguimos enxergar uma saída para os nossos problemas. Já remamos muito, já tentamos tudo, no entanto, não sentimos paz e entramos em desespero. Na maioria das vezes que isto acontece nós também estamos indo para o mar agitado, isto é, assumindo compromissos, em hora imprópria, por nossa conta e risco. Muitas vezes nós entramos na barca, e enfrentamos os trabalhos e tomamos as decisões sem esperar por Jesus. Não estamos orando, não refletimos a Sua Palavra e queremos resolver tudo sozinhos (as)! Assim sendo, remamos por conta própria e a tempestade pode ser consequência das nossas deliberações equivocadas. As coisas não dão certo porque estamos confiando em nós mesmos (as). Escolhemos estar sozinhos (as), talvez porque não nos importemos muito em saber a opinião de Deus, se é hora para ir ou para ficar. Na maioria das ocasiões nos antecipamos e traçamos os nossos planos, os nossos projetos sem esperar pelas sugestões do Espírito Santo, que conhece melhor o caminho pelo qual vamos cruzar. Então o inesperado acontece: durante o percurso que escolhemos o mar encontra-se agitado e a tempestade nos surpreende. O vento nos tira do sério e ficamos aflitos (as) e angustiados (as). Assim como os discípulos, nós não percebemos que a barca já se está chegando na margem e que Jesus está por perto nos rondando e sabe tudo o que se passa conosco! Ele chega andando sobre as águas, isto é, dominando as nossas dificuldades, empunhando na mão a vitória que conquistou para nós, mas ainda não acreditamos na Sua intervenção e O confundimos com as pessoas comuns. Temos medo quando Jesus se aproxima de nós! Se, na hora das nossas tribulações, procurássemos enxergar a Jesus e ouvir a Sua voz não padeceríamos tantas aflições. Ele hoje também nos fala: “Sou eu “Não tenhais medo!” Que saibamos distinguir a Sua voz e acolhe-Lo com alegria e sem temor na certeza de que a praia está bem perto e Ele nos levará para um lugar firme. – Você já tem tentado enfrentar o mar sozinho (a)? – Você acha que precisa de Deus? – Como você age antes de resolver as situações de conflito? – Você para e ora ao Senhor, ou enche-se de coragem e enfrenta? – Pense nas tempestades que enfrentou na sua vida e perceba quem o (a) ajudou!
Helena Colares Serpa – Comunidade Católica Missionária Mariana UM NOVO CAMINHO