Evangelho de hoje, domingo, 31/07 (Lc 12, 13-21)

Jesus disse: "Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens."

Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: 'Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo.' Jesus respondeu: 'Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?' E disse-lhes: 'Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens.' E contou-lhes uma parábola: 'A terra de um homem rico deu uma grande colheita. Ele pensava consigo mesmo: 'O que vou fazer?  Não tenho onde guardar minha colheita'.  Então resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: - Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!' Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?' Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus.'  

Reflexão – Somos ricos diante de Deus quando colocamos tudo o que possuímos à Sua disposição

Jesus conta a parábola do homem rico e nos ensina a mensurar a nossa real motivação diante dos bens materiais que almejamos e a perceber qual o fascínio que a riqueza exerce sobre nós. Assim sendo, mais uma vez nós aprendemos com Ele a nos manter vigilantes em torno dos nossos pensamentos e das nossas reais intenções. Ele deixou bem claro que os nossos bens materiais não se constituem um alicerce para assegurar a nossa vida longa aqui na terra nem tampouco são tijolos para a construção do nosso lar celestial. Mesmo que aqui a nossa terra dê uma grande colheita material, o fato de possuirmos em abundância não nos dá o direito de permanecer na passividade confiando na boa reserva que temos para muitos anos. Às vezes, nós poupamos dinheiro e fixamos o nosso olhar somente no que iremos embolsar em função dos juros e, quanto mais auferimos, mais os nossos olhos crescem. Porém, na verdade, nem temos a exata noção da utilidade desse dinheiro e a que se destina. Parece, que só pelo fato de possuirmos aquele “algo a mais” depositado no banco nós também, como o rico da parábola, podemos ficar tranquilos para dizer a nós mesmos: “meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!”  O que Jesus recriminou no rico não foi tanto pelo fato de ter muitos bens ou mesmo de poupá-los, mas foi a sua intenção de guardar a fortuna somente para si, achando-se, por isso, protegido e dono da sua existência. A nossa vida está entregue nas mãos de Deus e somente Ele tem controle sobre ela, sejamos nós, pobres ou ricos neste mundo.  No entanto, podemos ser ricos diante de Deus quando colocamos tudo o que possuímos à Sua disposição e esperamos a recompensa na forma que Ele quiser nos oferecer. – Para quem você é rico? Para si mesmo ou para Deus? – O que você espera comprar com o dinheiro que amealha? – Se possuísse muito dinheiro, você viveria “mais despreocupado”? – Como você analisa a atitude do homem da parábola? – Você se acha diferente dele?

Helena Colares Serpa – Comunidade Católica Missionária UM NOVO CAMINHO