Empresários cearenses da agropecuária, da indústria, do comércio e dos serviços levantam-se contra a Enel, distribuidora exclusiva de energia elétrica em todo o Estado do Ceará, que está a exigir, agora, um novo tipo de poste para instalar seus cabos e fios de transmissão.
Até agora, a Enel utilizava os postes de duplo T, que, segundo engenheiros ouvidos por esta coluna, dão mais sustentação à fiação, incluindo os cabos de fibra ótica das operadoras de telecom, que também utilizam – pagando uma taxa mensal – esses equipamentos da Enel.
Uma fonte diretamente ligada à Enel revelou que a decisão de substituir o modelo de poste utilizado no Ceará desde os tempos da estatal Coelce “não foi tomada pela direção da empresa em Fortaleza, mas veio de sua cúpula, mais precisamente do seu setor de compras, que fica em Niterói (RJ).
As 12 empresas cearenses que fornecem postes para a Enel neste Estado reclamam que foram tomadas de surpresa pela decisão do comando da Enel, e reclamam que terão “gastos significativos” para desenhar e fabricar novas formas para os novos postes.
Essas empresas, todas de pequeno porte, têm em estoque milhares dos postes antigos, que não mais estão sendo adquiridos pela Enel. “Já imaginou o prejuízo?” – perguntou a mesma fonte. O poste redondo custará o dobro do preço do poste antigo.
Um dos argumentos apresentados pela Enel para fazer a substituição dos postes é o registro de acidentes, principalmente no interior do Estado, causados por equipamento de instalação obrigatória nos postes antigos.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará, Amílcar Silveira, informou que está acionando seu departamento jurídico para fazer o que chama de “defesa dos interesses dos produtores rurais, que são clientes da Enel e que não podem, de uma hora para outra, encarar mais esse custo”.
A indústria cearense também já se mobiliza no mesmo sentido.
PECÉM INAUGURA HOJE 2ª EXPANSÃO. VEM AÍ A 3ª
Na inauguração, hoje, do que é chamada de segunda expansão do Porto do Pecém – que inclui mais uma ponte de acesso (só havia uma) e mais um berço de atracação, o décimo, no que foram investidos R$ 772 milhões – deverá ser anunciada a terceira expansão, que terá tudo a ver com o Hub do Hidrogênio Verde e com as Grandes Centrais Eólicas Marítimas, que serão construídas dentro do mar cearense nos próximos cinco anos.
Esta é, pelo menos, a expectativa dos empresários do setor de energias renováveis e da construção pesada, que já olham com avidez para os processos de licitação que a nova expansão do Pecém abrirá.
Essa expansão absorverá investimentos estimados em R$ 1,3 bilhão – podendo ser mais, nunca menos – que serão suportados pela Companhia do Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém Sociedade Anônima (CIPP S/A), de cujo capital o Porto de Roterdã, na Holanda, tem 30%.
São empreendimentos que terão início ainda neste ano, pois as grandes empresas multinacionais com as quais o Governo do Ceará celebrou Memorandos de Entendimento só acelerarão seus investimentos – que chegam à casa de R$ 200 bilhões – se o Estado cumprir a sua parte.
“Nós sempre nos antecipamos à iniciativa privada”, sentencia – como um aviso prévio a quem interessar possa – o secretário do Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior.
O evento de hoje, marcado para as 9h30min, terá a presença pessoal do governador Camilo Santana, que vive, com intensidade, as últimas semanas do seu segundo mandato, que, como o primeiro, foi exitoso do ponto de vista administrativo, político e popular.
No início de abril, Camilo renunciará ao cargo para efeitos de desincompatibilização – ele será candidato ao Senado Federal com todas as chances de vitória.
Antes de deixar o Palácio da Abolição para lançar-se às ruas em busca de votos que o elejam senador da República, Camilo Santana pretende vincular-se ao futuro próximo da economia cearense.
Esse futuro, como diz o secretário Maia Júnior, está na geração de energia eólica dentro do mar, na produção e exportação do Hidrogênio Verde, na consolidação do Ceará como um Hub Aeroportuário e de Telecom, como um Polo Nacional de Hortifruticultura, como um dos três principais polos turísticos do país, como o maior produtor e exportador brasileiro de pescado, como um Polo Nacional de Saúde, como um Polo Nacional do Ensino Fundamental e como um Estado com contas em dia, com taxa recorde de investimento e compromissado com o cumprimento dos contratos.
ELEIÇÃO: REDES SOCIAIS ENLOQUECEM O ELEITOR
Pelo que se ouve, pelo que se vê e pelo que se lê nas redes sociais, a campanha eleitoral deste ano terá baixo nível.
E bote baixo nível nisso.
Há de tudo, principalmente “fake news”.
Impressiona a capacidade de adulterar a verdade, tanto na extrema esquerda quanto na extrema direita.
O eleitor, que ainda não está dando atenção à eleição, poderá ficar louco com a propagação de tantas informações falsas.
ENERGIA SOLAR FOTOVOLTACA CRESCE
Informa a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar): a energia solar acaba de alcançar a marca histórica de 9 gigawatts (GW) de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil.
É o equivalente a 64,2% de toda a capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu, diz a Absolar.
De acordo com a entidade, o Brasiltem hoje 828 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para mais de 1 milhão de unidades consumidoras.
Desde 2012, foram mais de R$ 48 bilhões em novos investimentos, que geraram mais 270 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, revela a Absolar.
Mas, embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua atrasado no uso da geração própria de energia solar: dos mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica do país, apenas 1,1% faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva.
ACADEMIA CEARENSE DE ECONOMIA
Foi criada e será instalada na próxima terça-feira, 15, com a posse de sua primeira diretoria, a Academia Cearense de Economia.
Seu primeiro presidente é o economista Lauro Chaves Neto; o vice-presidente é José Maria Porto Magalhães Sobrinho; secretário, Ricardo Aquino Coimbra; diretor, Ricardo Eleutério Rocha.
O Conselho Superior da Academia é integrado pelos economistas Luiz Gonzaga da Fonseca Mota, Pedro Sisnando Leite e Raimundo Padilha.
Viva longa à Academia e aos acadêmicos.