Cristiano Maia é um multiempresário cearense – ele atua na construção rodoviária pesada, na produção de camarão, na fabricação de rações animais, na agropecuária leiteira, na agricultura e na criação de cavalos, possuindo um dos mais admirados haras do país, em São Paulo, onde sua neta treina para as finais do campeonato Sul- Americano de Hipismo.
Pois é esse sexagenário homem de negócios que está a sugerir ao Governo do Ceará a implementação de um Zoneamento Agrícola que estabeleça as diretrizes e as orientações técnico-científicas capazes de identificar que culturas devem ser desenvolvidas nas diferentes regiões do Estado.
Por exemplo: o algodão deve ser cultivado somente na Chapada do Apodi, onde os investimentos feitos pela iniciativa privada com o apoio da Embrapa já confirmaram sua viabilidade econômica, ou também no Cariri, no Sul do Estado, onde há reserva subterrânea de água capaz de garantir sua irrigação?
Outro exemplo: as hortaliças (tomates e pimentões incluídos) devem ser, como vêm sendo cultivados exclusivamente na Serra da Ibiapaba, na divisa com o Piauí, ou podem ser também desenvolvidas nos municípios do entorno de Barbalha, onde a Secretaria Executiva do Agronegócio da Sudet implantará um Centro de Cultivo Protegido?
Já foi feito, não faz muito empo, um Zoneamento Agrícola do Ceará, mas entre a época em que ele foi elaborado e os dias de hoje, muita coisa aconteceu, principalmente na área da inovação tecnológica.
O camarão pode servir de referência ao que esta coluna se refere: há hoje, no Ceará, 3 mil pequenos criadores de camarão, instalados, com seus pequenos tanques, nas diferentes regiões do Estado.
Ora, se já existisse o Zoneamento Agrícola, com todas as informações que ele apura e divulga, o número desses carcinicultores poderia até ser maior, mas estaria concentrado nas áreas definidas pelo zoneamento, e não dispersos por diferentes regiões do estado onde essa atividade talvez seja desaconselhada.
Assim, tem total razão o maior criador de camarão do país, Cristiano Maia, ao sugerir ao governo do Ceará estudos para o estabelecimento de um Zoneamento Agrícola que venha a apontar os melhores locais de cultivo do camarão.
A sugestão é válida também para todas as outras atividades do setor primário cearense, como a pecuária, a agricultura irrigada e de sequeiro, a avicultura, a suinocultura, a caprinocultura e muito mais.
AMANHÃ, A FESTA DO LOJISTA DO ANO
Amanhã, às 20 horas, no La Maison Dunas, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) fará sua tradicional festa de entrega do troféu Lojista do Ano.
Por causa da pandemia da Covid-19, a festa deixou de ser realizada em 2020, razão pela qual a festa ano terá a dupla entrega do troféu.
O Lojista do Ano 2020 é o sono das lojas Top Móveis, Valdemir Rolim de Sousa; o de 2021 é o sócio majoritário da rede Centerbox Supermercados, Gerardo Vieira Albuquerque.
Assis Cavalcante, presidente da CDL Fortaleza, não esconde sua alegria pelo evento de amanhã. “São dois grandes empresários do varejo que muito têm contribuído, com seu talento, para o crescimento do nosso setor”, diz Cavalcante.
CUIDADO COM A CHINA
Operadores do mercado financeiro internacional voltam a atenção e os olhos para a China, que pode entrar num período de “quase estagflação”, como disse um dos membros do comité de política monetária do Banco Central chinês, Liu Shijin.
Ele falou ontem domingo passado em um evento online sobre a economia chinesa.
Liu Shijin prevê que a China terá de enfrentar uma "quase estagflação" no último trimestre do ano, com a procura a superar a oferta. Além disso, ele revelou, está subindo o custo dos produtos que saem das fábricas chinesas.
"Precisamos prestar atenção a isso. Se isso vir a acontecer, não afetará apenas o quarto trimestre deste ano, mas também afetará o próximo ano", advertiu Liu Shijin.
Entre julho e setembro deste ano, a economia da China cresceu só 4,9%. No primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 18,3%; no segundo, caiu para 7,9%. Para este último trimestre, a previsão é de que caia para 4% ou menos.
APODI REDUZ CONSUMO DE ENERGIA
Aproveitar gases do efeito estufa para gerar energia; utilizar resíduos como combustível alternativo e implementar processos com uso de inteligência artificial para aumentar a produção e reduzir o consumo de energia elétrica – estas são algumas das iniciativas implementadas pela cearense Companhia de Cimento Apodi para promover a eficiência energética.
Além de reduzir custos na produção, essas medidas contribuem para a conservação do meio ambiente pela redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.
A empresa usa a tecnologia "Waste Heat Recovery", que transforma em energia os gases que seriam lançados na natureza. Com esses gases, a Apodi gera 5 megawatts médios de energia elétrica, que garantem de 25% a 30% do consumo da cimenteira em sua fábrica de Quixeré, 212 km a Sudeste de Fortaleza.
O processo consiste em reter materiais expelidos pelos fornos e destiná-los à geração de energia em uma turbina instalada na fábrica, junto à unidade de produção do clínquer, matéria-prima beneficiada do cimento.
De acordo com o diretor de “supply chain” (cadeia de mantimentos), Karley Sobreira, é o único sistema das Américas em forno de cimento que segue esses conceitos de sustentabilidade e ecoeficiência.
“A atuação da Apodi destaca-se pela ecogeração de energia e pelo processo de inteligência artificial, que otimiza a utilização de matérias-primas, energia e água nas suas operações, em especial nos dois moinhos de cimento da companhia” (um deles estáem Pecém), esclarece Sobreira.