'Cresce Ceará': o agro e a indústria na vanguarda da economia

Evento do Sistema Verdes Mares, BNB e Enel reunirá empresários industriais e agropecuaristas que conhecerão as causas do avanço da economia cearense nos últimos 30 anos

No próximo dia 6 de dezembro, a elite do empresariado do Ceará reunir-se-á no Hotel Gran Marquise para, das 8 às 12 horas, conhecer em detalhes o que se passa na economia estadual nas áreas da indústria e da agropecuária. Na primeira, o que se passa é uma silenciosa, inovadora e crescente mudança que alcança novos setores, entre os quais está incluída a geração de energias renováveis – eólica e solar, principalmente.

No agro, a inovação é tecnológica: utilizava-se, havia 30 anos, água em excesso para produzir alimentos. Hoje, a irrigação por gotejamento e guiada por minúsculos sensores permite a produção de mais com menos água. Essa mudança na indústria e no agro do Ceará foi possível, primeiro, pelo investimento privado, depois, pela ajuda do governo do estado, que, enxergando e valorizando a novidade, fez e segue celebrando parcerias que dinamizam o setor primário e secundário da economia estadual cearense.

É exatamente pelos motivos acima expostos que o Sistema Verdes Mares, apoiado pelo Banco do Nordeste (BNB) e pela Enel Ceará Distribuição, promoverá no dia 6 de dezembro – a sexta-feira da semana que vem – o “Cresce Ceará”, evento que juntará 200 empresários industriais e agropecuaristas para um debate em torno do presente e do futuro próximo da economia do estado.

A seguinte pergunta esta coluna fez ontem ao empresário Tom Prado, CEO da Itaueira Agropecuária, uma empresa que vem investindo, nos últimos 20 anos, na inovação tecnológica para alcançar o padrão de qualidade que têm hoje os seus produtos – melão, melancia, uva sem semente, pimentões coloridos, mel de abelha, suco de frutas e camarão, todos com a marca Rei:

O que houve com o agro cearense, que cresceu tão rapidamente? Eis sua resposta:

“O que aconteceu e segue acontecendo com o agro do Ceará é produto da decisão dos seus empresários que, nas diferentes áreas de sua atuação, investiram e continuam investindo em novas tecnologias. Há cerca de 15 anos, temos participado das maiores feiras da cadeia da fruticultura mundial na Europa e nos Estados Unidos, e essa troca de experiência e de informações e esse investimento na importação das boas novidades têm feito a diferença, pois o salto de qualidade da hortifruticultura do Ceará impressiona mesmo.”

Tom Prado tem razão. Não é por acaso ou por um golpe de sorte que o Ceará tem hoje a maior empresa produtora e exportadora mundial de melão – a Agrícola Famosa; e tem, ainda, a maior exportadora de banana nanica para a Europa – a Nordeste Vegetais, de Edson Brok, tendo também a maior produtora de banana do Nordeste – o Sítio Barreiras, do empresário Fábio Régis.

Tem mais: o Ceará responde hoje por 10% da produção brasileira de tomates – graças à Tomates Trebeschi, a maior do Brasil, com fazenda de produção em Ubajara; ao Sítio Barreiras, de Missão Velha, e ao “Nazareno dos Orgânicos”, de Guaraciaba do Norte.

Não para aí a forte presença do agro: na carcinicultiura, o Ceará tem o maior produtor de camarão do país, Cristiano Maia, cuja empresa Samaria abastece todas as maiores redes de restaurantes do Brasil; na pecuária, os exemplos também são muitos e um deles é o da Betânia, hoje Alvoar, maior indústria de lacticínios da região Nordeste. Na cotonicultura, a Nova Agro, do empresário Raimundo Delfino Filho, investe pesado na moderna tecnologia da Embrapa para produzir algodão de qualidade semelhante ao do Egito, o melhor do mundo.

Pelo lado da indústria, o que se passa hoje no Ceará chama a atenção dos grandes investidores. A Fiec, sob o comando de Ricardo Cavalcante, está apoiando efetivamente o projeto do governo do estado de implantar um Hub do Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém, onde haverá, nos próximos quatro anos, outra revolução tecnológica por meio da implantação de grandes unidades industriais, de capitais brasileiros e estrangeiros, que produzirão e exportarão o H2V.

Dando suporte a tudo isso, estão o Banco do Nordeste (BNB), com suas variadas linhas de financiamento para todos os setores da economia, incluindo os projetos de energias renováveis, e a Enel Ceará, que investe na melhoria do seu sistema de distribuição de energia elétrica em toda a geografia cearense.

É por estas e outras razões que o “Cresce Ceará” será um evento imperdível e para o qual empresários industriais e agropecuários estão fazendo suas inscrições na velocidade da Space X.

O novo Ceará interessa a todos.

JUIZ HERCY ALENCAR LANÇA LIVRO SOBRE JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE E O IMPACTO NO SUS

O presidente da Associação Cearense de Magistrados, Hercy Alencar, lançará na próxima sexta-feira, 29, às 17 horas, no auditório do Senac Reference, na Avenida Desembargador Moreira, 1301, 3º andar, seu mais novo livro, intitulado "Judicialização da Saúde: Análise Crítica sobre a Decisão Judicial no Fornecimento de Medicamentos de Alto Custo pelo SUS - 2024".

A obra, publicada pela editora Lumen Juris, surge como um desdobramento da dissertação de mestrado do autor, apresentada na Unichristus, na qual ele explorou as complexidades e os desafios da judicialização da saúde no Brasil.

Prefaciado pelo Ministro Raul Araújo, o livro aborda um tema que tem gerado intenso debate no campo do Direito e da saúde pública. Hercy Alencar argumenta que a judicialização excessiva, especialmente em relação ao fornecimento de medicamentos de alto custo, não só compromete o equilíbrio financeiro do Sistema Único de Saúde (SUS) como também afeta diretamente a qualidade dos serviços prestados à população.

“Hoje, temos um excesso de demandas judiciais na área da saúde que, de certa forma, desequilibram o sistema”, afirma o magistrado. Ele explica que a pesquisa realizada durante seu mestrado levou a conclusões significativas que podem sensibilizar profissionais do Direito, incluindo magistrados, membros do Ministério Público, defensores públicos e advogados, para a relevância e complexidade da questão.

O autor acredita que é fundamental que todos os atores do sistema de saúde e do Judiciário compreendam as implicações da judicialização.

"O objetivo do livro é despertar a consciência sobre a necessidade de um olhar mais crítico e responsável em relação às decisões judiciais que impactam o SUS", complementa o juiz Hercy Alencar.