Ontem, a Bolsa de Valores brasileira subiu e o dólar desceu.
A B3 fechou seu pregão com alta de 0,72%, aos 110.188 pontos.
A moeda norte-americana, por sua vez, fechou em queda de 0,25%, negociada a R$ 5,26.
A alta foi puxada pelas ações da Vale, que subiram 1,45%, na boleia das notícias procedentes da China, cujo governo anunciou nesta quarta-feira medidas que reduzem ao mínimo a sua política de Covid Zero.
Essas informações fizeram subir o preço das commodities, entre os quais o minério de ferro, matéria-prima que a Vale exporta para os chineses. Também subiram as ações da Usiminas e da Gerdau.
Para os analistas do mercado financeiro, a possibilidade cada vez maior de a China retomar sua plena atividade econômica está fazendo com que a bolsa supere as dificuldades do cenário interno brasileiro, onde há o que os economistas chamam de “incerteza fiscal”, ou seja, a chance de o futuro governo perder o controle dos gastos.
Ontem, o texto da PEC da Transição foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que fixou em R$ 148 bilhões a despesa extra que o governo do presidente Lula poderá usar foram do teto de gastos.
A proposta vai agora para a apreciação do plenário, precisando do voto de 49 dos 81 senadores para ser aprovada. A expectativa é de que essa aprovação se dará hoje, quarta-feira, em duas obrigatórias votações.
Se aprovada no Senado, a PEC da Transição irá para apreciação da Câmara dos Deputados, onde também precisará de ser duas vezes aprovada, sempre com o mínimo de 308 votos, ou seja, três quintos dos votos dos 513 parlamentares da casa.
Mas o dia de ontem teve uma notícia que chamou atenção: o atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, que deixará o cargo em janeiro, será secretário de Gestão de Governo Digital de São Paulo, a convite do futuro governador Tarcísio Freitas.
A informação foi divulgada em comunicado oficial pela própria Petrobras.
Antes de tornar-se presidente da estatal, Caio Paes de Andrade era secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do ministério da Economia.
Uma informação que chegou ontem à noite de Buenos Aires: a ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirschner foi condenada a seis anos de prisão. Por corrupção.
Ela também não poderá mais exercer cargos públicos.
Cristina não irá para a cadeia, porque tem foro privilegiado e poderá recorrer da sentença proferida pela unanimidade dos três juízes do Tribunal Oral Federal.
Cristina Kirschner, logo após a divulgação da sentença, anunciou que recorrerá da decisão, disse que é vítima de uma “máfia judicial” e comunicou que não será candidata à presidência da República na eleição do próximo ano de 2023.