Angola Cables turbina cabo submarino que liga Fortaleza a EUA

Com o upgrade, a Angola Cables agora oferece 400 Gbps (gigabytes por segundo) aos seus clientes, sendo a única empresa no País com essa largura de banda em todas as suas rotas submarinas.

Multinacional provedora de serviços de rede e soluções digitais, a Angola Cables realizou em meados de outubro passado a atualização do seu cabo submarino Monet, que liga o Brasil – desde Fortaleza – aos Estados Unidos, com a implementação da tecnologia ICE6 da Infinera e Wavelogic 5 da Ciena. 

Com o upgrade, a Angola Cables agora é capaz de oferecer a capacidade de 400 Gbps (gigabytes por segundo) aos seus clientes, sendo a única empresa no País com essa largura de banda em todas as suas rotas submarinas.

“Os nossos testes mostraram que temos plenas capacidades de oferecer essa velocidade às empresas brasileiras, que dependem de agilidade, eficiência, baixa latência e segurança”, explica Lucenildo Lins, lider de Engenharia da Angola Cables. “Com isso, saímos das tradicionais velocidades de até 100 Gbps e passamos a ter condições de atender todo um novo nicho de negócios, como IoT Iinteligência das coisas) e 5G”, completa ele.

Antes da atualização, os serviços ofereciam a capacidade de trafegar até 100 Gbps, sendo necessário muitas vezes fragmentar os dados que seriam transmitidos. Agora, é possível transmitir quatro vezes mais dados, sem necessidade de dividi-los.

“É como se fosse uma estrada. Antes, por ela era possível trafegar apenas 100 veículos por segundo. Caso houvesse, por exemplo, um caminhão cegonha, carregando diversos veículos, era necessário tirá-los do caminhão e seguir por outra estrada. Agora, transformamos nossa estrada em uma mega rodovia, permitindo que esse caminhão cegonha passe juntamente com dezenas de outros veículos”, explica Lins.

Além de permitir uma velocidade maior, o cabo Monet também oferece baixa latência, possibilitando que o tráfego de dados flua sem obstáculos. Para se ter uma ideia, a latência do trecho Fortaleza – São Paulo é de 44 ms; Fortaleza – Miami é de 62ms e Miami – São Paulo é de 103 ms. “Isso significa que, além de mais veículos por segundo, também não há congestionamentos ou lentidões na rodovia”, contextualiza o executivo.

Justamente por isso, o update do cabo Monet permitirá que outras tecnologias e serviços, que dependem de baixa latência, velocidade e segurança, possam ser aprimorados no Brasil, como a Iot e 5G e serviços em nuvem mais robustos.

Com isso, a Angola Cables pretende ampliar ainda mais sua gama de serviços e de produtos, atendendo todo mercado de Telecom, TICs e o setor de tecnologia como um todo.

O upgrade no Monet tornou-se necessário, uma vez que o cabo submarino é uma das principais rotas de tráfego de dados entre Brasil e Estados Unidos que cada vez mais têm buscado o País para suas operações.

Os três cabos submarinos da Angola Cables (Monet, SACS e WACS) registraram um aumento de 27% neste ano, mas o que obteve o maior aumento foi justamente o Monet, com um crescimento de 35% no tráfego. 

Além da baixa latência e velocidade, a Angola Cables também é capaz de oferecer mais segurança às empresas, com mecanismos de firewall, Anti_DDoS, dentre outros, tornando as rotas mais atrativas para o tráfego de informações importantes.

Com a modernização do cabo Monet, que traz portas capazes de oferecer 400 Gbps de velocidade, haverá também economia energética, contribuindo para critérios ambientais.

É possível oferecer a velocidade de 400 Gbps unindo quatro portas de 100 Gbps, contudo cada porta de 100 Gbps consome 77 Watts/h de energia, totalizando 308 Watts/h. Já a porta de 400 Gbps consome apenas 184 Watts. Pode parecer uma economia pequena, mas no final do mês faz a diferença, a redução nominal é de cerca de 60%.