Recaatingar o Ceará! Esta é a proposta que o agrônomo Nizomar Falcao, dos quadros técnicos da Ematerce está fazendo à Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e à Secretaria Executiva do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) do Governo do Estado.
Nizomar Falcão propõe que sejam usados, nesse “recaantigamento”, spondias (gênero botânico pertencente à família Anacardiaceae, de que são destaques a cajá e o umbu-cajá) e demais frutíferas nativas desse bioma, como a ciriguela.
A proposta é viável e gerará emprego e renda aos que ousarem torná-la um negócio em escala.
De acordo com o agrônomo, uma meta razoável, do ponto de vista econômico, é plantar 100 mil mudas de umbu-cajá, cuja produção começará a ser colhida em quatro anos.
A produção estimada é de 12 a 15 caixas de 25 quilos por planta/safra. Hoje, o valor de uma caixa de umbu-cajá é de R$ 10.
Ainda segundo Nizomar Falcão, os produtores podem plantar no entorno das cercas de suas propriedades, em linha, mantendo uma distância de 6 a 8 metros de uma planta para outra.
“Um produtor que plantar 1 mil mudas poderá colher 12 mil caixas de umbu-cajá por safra, o que lhe proporcionará uma renda anual de R$ 120 mil”, estima o agrônomo da Ematerce, que acrescenta:
“A vida produtiva de uma árvore do gênero Spondias alcança até 100 anos.”
Eis aí, gratuita, uma sugestão para que governo do Estado e pequenos proprietários rurais se deem as mãos para uma política inovadora de combate à pobreza no campo.