Agricultura: Trocar Tereza Cristina pelo Centrão será um erro

Liderada pela ministra da Agricultura, agropecuária cresceu e é a locomotiva da economia nacional, garantindo, com suas crescentes exportações, o superávit da balança comercial. Mas o Centrão quer o cargo.

Notícias procedentes de Brasília dão sinais de que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, poderá ceder seu lugar a alguém indicado pelo Centrão, que, assim, receberia mais uma boa compensação pelos votos que garantiram a vitória do novo presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, apoiado pelo presidente Bolsonaro (foi uma vitória de lavada: 302 a 145). 

Será um erro grave, um tiro no pé do governo. 

Cristina, com um 1,60 m de altura, competência, seriedade e capacidade de articulação política dentro e fora do país (foi ela quem costurou o acordo agrícola com a China, por meio do qual o Ceará e o Rio Grande do Norte já exportam melão para o gigantesco mercado chinês) e seu colega da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, são os melhores auxiliares de Bolsonaro. 

O agro é a locomotiva da economia nacional, garantindo, com suas crescentes exportações, o superávit da balança comercial. 

Por sua vez, a política de concessões liderada pelo ministro da Infraestrutura e implementada em rodovias, ferrovias, metro-ferrovias, portos e hidrovias tem atraído capitais nacionais e estrangeiros para novos projetos em várias regiões do país. 

Tirar Tereza Cristina da Agricultura será devolver àquele Ministério o alto risco de ter de volta uma gestão voltada para interesses políticos, pessoais e paroquiais, o que não acontece lá desde 1º de janeiro de 2019. 

Tarcísio de Freitas deverá permanecer na Infraestrutura, mas –  também como consequência da recente troca de comando no Congresso Nacional – ameaçado por mudanças nas diferentes superintendências do Dnit, que voltariam a ser dirigidas por pessoas indicadas pelo Centrão.

E aí reside o perigo, porque o Centrão tem apenas um olho, que só enxerga o orçamento e as licitações dos organismos que dirige (foi assim até um passado recente, lembram-se?).     

PLATAFORMA

Vem aí uma plataforma exclusiva para negócios do segmento energia. 

O Sindicato das Indústrias de Energia e dos Serviços do Setor Elétrico no Ceará, presidido por Luís Carlos Queiroz, em parceria com a Fiec, por meio do IEL, está finalizando o desenho de um projeto que, ainda neste trimestre, juntará num único local – o site do Sindienergia – tudo de que precisam os empresários da área para incrementar seus investimentos. 

A plataforma, entre outras coisas, terá a relação de todos os conveniados fornecedores dos mais variados materiais, com preços mais competitivos. 

Terá, ainda, um banco de talentos, cursos técnicos e soluções financeiras. 

“Com essa plataforma, faremos uma virada de chave no nosso setor”, diz Luís Carlos Queiroz.

MANDIOCA

Leitor desta coluna, o advogado Guilherme Francisco Rocha, residente em Acaraú, no litoral Oeste do Ceará, manda dizer a esta coluna que está abandonada e inoperante, naquela cidade, uma pequena indústria de fécula de mandioca. 

Ele pede que a Adece ou a Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet interfira para que aquela unidade volte a operar. 

PV DA COVID

Perguntam as torcidas do Ceará Sporting Club e do Fortaleza Esporte Clube: 

Quando o estádio Presidente Vargas, que já foi arena contra a Covid, será devolvido aos jogos e futebol? 

Outra pergunta: diante do aumento dos novos casos da doença, há chance de o Hospital de Campanha do PV ainda ser reativado?

DESSALINIZAÇÃO

Com expertise em obras públicas (construiu, recentemente, a segunda ponte de acesso ao porto “offshore” do Pecém e constrói o trecho cearense da Ferrovia Transnordestina), a Construtora Marquise tem, agora, outro desafio: construir a usina de dessalinização que a Cagece implantará na Praia do Futuro, em Fortaleza. 

A usina produzirá, por segundo, 1 metro cúbico de água potável, para o que usará a última tecnologia disponível no mundo, a mesma que é utilizada nos EUA, Espanha e nos países árabes. 

A proposta técnica e financeira da Marquise foi aprovada pela Cagece. A decisão, porém, terá de aguardar o “prazo recursal”, que irá até o próximo dia 16.

VACINAÇÃO

Uma hora, a PMF informa que está vacinando, em domicílio e em “drive trhu”, os idosos com idade acima de 80 anos.

Depois, a mesma PMF diz que os idosos acima de 75 anos serão vacinados em casa.

Em seguida, confunde todo mundo ao anunciar que os idosos acima de 75 anos têm de, já cadastrados, fazer o agendamento, mas nãi diz como isso deve ser feito.

Resultado: esta coluna acompanha o caso de um idoso perto dos 80 anos, que, embora cadastrado há 15 dias, não recebeu, até agora, o prometido e-mail com o dia, a hora e o local da vacinação. Mais: a coluna conhece pessoas com menos de 75 anos que já se vacinaram em “drive thru” da PMF.

MERCADO

Bolsas na Europa operam e malta nesta quarta-feira.

O preço do petróleo tem leve queda.

O dólar cai um pouco. O ouro registra alta discreta. 



Assuntos Relacionados