A Black Friday de 2020 parece black fraude

Esta é a semana da Black Friday – a sexta feira negra, que será celebrada depois de amanhã, 27. Invenção norte-americana, o evento tem o objetivo de turbinar as vendas de tudo, da camisa ao notebook, do tênis ao smartphone, do televisor à garrafa de vinho, da viagem aérea ao curso de MBA, do perfume à comida para cães e gatos. A Black Friday vai muito bem nos Estados Unidos, onde cumpre seus objetivos, superlotando as lojas. Aqui no Brasil, infelizmente, ela virou uma Black Fraude. Quer um exemplo? Os notebooks coreanos, chineses, taiwaneses ou norte-americanos estão custando, nesta semana de promoção, mais do que em abril deste ano, quando a pandemia da Covid-19 iniciava em alta velocidade, nas cidades brasileiras – Fortaleza no meio – a multiplicação de suas trágicas estatísticas. O brasileiro encontra sempre um jeitinho de mandar para a linha de fundo da desmoralização um pênalti para ser cobrado sem goleiro. Resultado: a Fortaleza Liquida, grande e exitosa promoção anual da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) - que mobiliza todo o comércio varejista da capital cearense - tem, para o consumidor, mais credibilidade do que a Black Friday. Deve ser lembrado que, nos últimos três meses, a inflação entrou em um viés de alta por vários motivos, um dos quais a desvalorização do Real, que causou a majoração dos preços dos derivados do trigo, dos medicamentos, dos combustíveis e também do algodão, da soja e das carnes, cujos produtores preferiram exportar para o estrangeiro, deixando para o mercado interno só uma parte da produção, cujo preço também subiu. Quem se dá o trabalho de pesquisar preços, descobrirá que os da Black Friday desta semana estão claramente desfavoráveis ao consumidor.

Ficou caro

Sem oportunidades no Ceará, o engenheiro e empresário Fernando Ximenes, dono da cearense Gram Eollic, especializada em projetos de energia elétrica e água, viaja hoje para a Bahia e São Paulo. Nesses dois estados, implantará dois projetos de geração de energia solar fotovoltaica, com tecnologia própria e potência instalada total de 110 MW. Os projetos usarão painéis importados e desembarcados no porto de Santos. “O Ceará ficou caro”, justifica Fernando Ximenes.

Corrupção

Melhorou o status do sistema penitenciário do Ceará, que desde ontem abriga um ex-deputado estadual e federal.

Hoje, às 16 horas, a Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet faz reunião online para alinhar o planejamento da Oficina de Levantamento de Problemas da agropecuária e da agroindústria nas regiões do Litoral Leste, Litoral Norte, Serra da Ibiapaba e Sertão de Crateús. São convidados todos produtores rurais. 

Um empresário que segue com atenção a dúvida que o Governo Federal ainda tem sobre o futuro do Projeto S. Francisco diz à coluna: “Se a operação e manutenção do projeto não tiverem a presença do setor privado, teremos em poucos meses escombros onde hoje estão os canais Leste e Norte do grande empreendimento”. 



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