Ele foi um dos grandes responsáveis pela surpreendente campanha do Ferroviário no primeiro turno da Série C do Campeonato Brasileiro em 2019. Era o comandante de um time que vinha embalado pelos últimos anos, em que também obteve bons resultados.
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Em 2017, o surpreendente vice-campeonato do Estadual indicava que o trabalho poderia render mais frutos, que vieram em 2018, quando levou o Tubarão da Barra ao título da Série D do Campeonato Brasileiro e também da Taça Fares Lopes.
Marcelo Vilar está de volta ao clube com a missão de repetir os bons trabalhos que já fez no Ferrão e de continuar o que foi interrompido ano passado, quando foi ao São Caetano no meio da Série C.
O técnico Marcelo Vilar, do Ferroviário, é o personagem do quadro Nos Bastidores desta semana.
- Como está sendo o começo de trabalho e a preparação para a Série C?
O começo tem sido bom. Realmente é um momento diferente, uma nova realidade, e a gente tá reformulando de certa forma o elenco, com alguns novos jogadores, mas a gente tem treinado bastante. O grupo tem motrado comprometimento e nós estamos agora na ansiedade de estrear pra ver os frutos desse começo de trabalho.
- Como está o Ferroviário hoje, em relação ao ano passado, sua última passagem? Muitas mudanças?
Melhorou a estrutura em alguns aspectos. O Ferroviário realmente está mais profissionalizado. Um time muito modificado em relação ao ano passado, são poucos jogadores remanescentes, mas um grupo qualificado. A gente tá confiante que o time pode fazer um bom papel e brigar pelos objetivos.
- E quais são os objetivos na Série C? O Ferroviário entra no campeonato brigando por o que?
O nosso objetivo é subir. De todos os times é subir. O objetivo do Ferroviário é subir, e o meu é ganhar os pontos, partida a partida, pra somar os pontos necessários pra classificar pra próxima fase. É uma coisa de cada vez.
- No ano passado, acabou batendo na trave. O que fica de lição do ano passado e o que não pode ser repetido?
As lições foram, de certa forma, confirmações de algumas coisas que, quem disputa essa competição, sabe. Que é uma competição difícil, complicada, e que na segunda fase as coisas se complicam mais ainda. Tem que pontuar em todos os jogos. Quando não puder ganhar, não perder, para ir sempre somando pontos. E consciente que, se for necessário fazer alterações, fazer. Os adversários vão crescendo de produção a cada faze e temos que ir mudando.
- No ano passado, o primeiro turno foi espetacular e o Ferroviário terminou na liderança. Depois, a queda de rendimento coincidiu com sua saída. Agora, você voltou com o pensamento de ficar até o final da competição?
O meu objetivo é esse, sim. Só que, no ano passado, o objetivo que me foi colocado, ele foi praticamente cumprido, que era de não cair. E realmente, o Ferroviário entrou pra isso. A minha intenção é de continuar. Entretanto, a vida do profissional de futebol, ele não sabe. Sabe-se lá se, caso os resultados não venham, o Ferroviário não vai querer a minha saída. Isso pode acontecer. A gente está aqui e, enquanto estiver, vamos dar o melhor. Minha intenção é ficar aqui até o final.
- O torcedor pode esperar um Ferroviário com a cara do Marcelo Vilar, que vai ter que características?
Se for com a minha cara vai ser um time feio (risos). Masa intenção é ter um time competitivo. Nesse tipo de competição, precisamos ter jogadores que se entreguem. Precisamos cobrar empenho, que em cada jogo o jogador saia de campo com o pensamento que deixou o melhor. Jogadores que se dediquem, tenham força e qualidade técnica. É isso que queremos.
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