Além da possibilidade de que o calendário deste ano seja prolongado para 2021, a reunião entre CBF e Comissão Nacional de Clubes (CNC), na última terça-feira (7), trouxe outro ponto extremamente importante para os participantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Na videoconferência, houve avanço na negociação de venda dos direitos internacionais de transmissão do torneio.
A situação é real: já há mais de uma proposta na mesa. Ao todo, cerca de dez empresas manifestaram vontade em adquirir os direitos internacionais e seis tiveram interesse concreto em participar da concorrência.
No fim das contas, três propostas foram apresentadas e serão analisadas detalhadamente e com calma pelos clubes, incluindo Ceará e Fortaleza, representantes do Estado na Primeira Divisão.
Na tarde desta quarta-feira (8), haverá uma outra videoconferência. Uma reunião técnica somente com os clubes interessados em saber detalhes das propostas e sem participação da CBF. A entidade, inclusive, deu toda liberdade para que os próprios clubes tenham autonomia para tomar as decisões e não irá intervir no processo.
O diretor executivo de marketing do Palmeiras, Roberto Trinas, é um dos líderes da questão.
Os clubes analisarão as garantias e detalhes técnicos das propostas. A parte financeira, por óbvio, irá pesar, mas não é o fator único de decisão.
Há consenso de que o melhor é optar por uma empresa que ofereça também força em outros aspectos, como melhores garantias, maior segurança, knowhow no segmento e boa penetração em importantes mercados internacionais (Europa e Ásia, principalmente).
Um ponto ainda em debate entre os clubes é o modelo da proposta. Há a visão de parte das equipes que é preciso que haja uma resolução rápida da questão para que não ocorra o mesmo do ano passado, quando não houve acordo e deixou-se de receber tal receita. O pensamento é que isso deve acontecer mesmo que o valor ainda não seja o ideal, mas já indicará um pontapé inicial na questão.
Há uma parcela dos clubes que ainda defende que se deve tentar barganhar um valor mais elevado, o que é complicado no atual cenário de crise econômica mundial, por conta do coronavírus.
Todavia, a busca é por uma unidade entre os clubes, já que a questão não pode ser individualizada e será preciso um consenso.
Uma outra reunião foi marcada para a próxima terça-feira (14) para que haja nova discussão sobre o tema e, possivelmente, até uma definição sobre a proposta escolhida.