Fortaleza amplia programa de prevenção contra lesão e fica com elenco completo; veja detalhes

A metodologia foi planejada pelo departamento médico tricolor com antecedência e tem protocolos para evitar contusões no plantel de Rogério Ceni

Legenda: Após semana desgastante de jogos, o Fortaleza tem menor grau de lesão no DM
Foto: Camila Lima / SVM

Um elenco inteiro à disposição e com tempo de trabalho. O panorama no Fortaleza encontrado por Rogério Ceni é fruto da estrutura interna e do fortalecimento do departamento médico tricolor. Desde o retorno das partidas na pandemia de Covid-19, o time entrou em campo 26 vezes e, após maratona decisiva na última semana, não teve baixas por lesão.

O panorama envolve planejamento. Com atividade de bola desde a retomada dos treinos presenciais, característica do trabalho da comissão técnica, e o longo período de comando do treinador, a equipe se preparou para a sequência atual de partidas com antecedência.

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Assim, um dos dilemas das temporadas anteriores se torna menos recorrente: as ausências por contusão muscular. O clube dispõe de um programa de prevenção multidisciplinar - montado por setores de fisiologia, preparação física, médico, nutricional e comissão técnica - com análises detalhadas dos atletas a cada exibição.

Parte das ações do Fortaleza para evitar lesão no elenco

  • Rodízio do time principal
  • Minutagem programada para cada atleta por partida
  • Exame de imagem regular para diagnóstico precoce
  • Transição pós-lesão gradual do DM
  • Controle rigoroso da área percorrida e movimentos do atleta
  • Nutrição individualizada e especializada
  • Recuperação pós-jogo desde o estádio

Dentro os pontos praticados, a metodologia requer avaliação clínica preventiva, exame de imagem recorrente, exercício de fortalecimento dos membros mais utilizados e transição pós-lesão gradual para evitar sobrecarga ou problema agudo: situações que possam retirar os jogadores por mais tempo.

“Faz um tempo que temos programa de prevenção de lesões com participação multidisciplinar. Há trabalho de fortalecimento muscular, controle de carga, controle rigoroso da minutagem, carga gasta, área percorrida, tudo isso utilizando marcadores bioquímicos e termográfica”, explicou Cláudio Maurício, diretor do departamento médico.

Legenda: Cláudio Maurício, diretor do Departamento Médico do Fortaleza ajudou a deixar o time completo
Foto: Thiago Gadelha / SVM

Importância do Rodízio

A necessidade de atacantes - com perfil de velocidade e atuação pelos lados do gramado - é uma das tendências do modelo adotado por Ceni desde a primeira experiência no Pici, por exemplo. A transição e as construções de situações no 1x1 são resquícios dos sistemas de 2018 e 2019.

A carga física então tinha peso excessivo no plantel. O panorama se ameniza através das variações de modelo do ex-goleiro. Em 2020 há velocistas no elenco, mas os nomes são utilizados com menos intensidade e cedem espaço no esquema 4-2-4 para laterais e volantes no setor.

“A carga de treino é específica e diferenciada para cada atleta, o tempo em campo também é programado. Por isso o rodízio bem executado. Nossa comissão técnica sempre trabalhou assim, não com 11 (atletas) 100%, e sim buscar ter 24 com condições para jogar”, afirmou Cláudio.

Para além do dentro de campo, o Fortaleza atua com um sistema de nutrição especializado para as necessidades individuais dos jogadores e recuperação pós-jogo. Os massagistas iniciam trabalho no próprio estádio para ampliar chance de evitar contusão.