Entenda o porquê do Ferroviário não poder jogar no Estádio Elzir Cabral

A diretoria do Ferroviário deve mandar o restante dos jogos da Série C do Brasileiro no estádio Domingão, em Horizonte. A decisão ocorre após a CBF excluir os mandos do clube da Arena Castelão para priorizar os jogos na Série A e Copa do Brasil. O grande dilema é: por que não ter partidas na Vila Elzir Cabral, sede do time na Barra do Ceará?

A Coluna apurou que a explicação envolve uma série de fatores estruturais com necessidade de investimento. Por isso, até se cogitou transferir os duelos para Pernambuco, apesar da ampliação das dívidas com aluguel de arena e viagem. Dos pontos principais, as razões do clube para não sediar os confrontos em casa são:

• Instalação de placas solares, em atividade que impediria a prática esportiva no gramado principal. 
• Ausência de iluminação e energia elétrica nos três vestiários do campo, que são mandante, visitante e árbitro.
• Instalação de um transformador para renovação do painel elétrico, em obra da Enel
• O gramado recebe os treinos do time principal e todas as demais categorias, ficando suspostamente sobrecarregado em caso da realização de jogos oficiais
• Reordenação dos refletores devido nova posição do campo de jogo após encerramento da pista olímpica

Segundo o presidente Newton Filho, para concluir todo o processo seria necessário um custo que a instituição não tem como executar. "Ainda não temos esse cálculo, acredito que para ficar em perfeitas condições passa pela troca dos refletores e uma relocalização. No Elzir Cabral, o campo tinha uma pista olímpica ao redor. Não temos mais, todo o quadrilátero está gramado, e o campo foi relocalizado, indo para mais perto da entrada da sede, no lado direito. É um orçamento que está fora da situação econômica atual", afirmou em entrevista ao Debate Jogada.

Apesar das circunstâncias da pandemia de Covid-19, com queda das fontes de receita, a gestão conseguiu prosseguir com o projeto 'Ferroviário nos trilhos do futuro', que prevê uma série de reformas em infraestrutura em prol do Tubarão da Barra. Assim, todos os espaços da sede receberam mudanças, como academia e sala de fisioterapia.

Em tempo: a escolha pelo estádio Domingão ocorreu após o Ferroviário acordar uma taxa de aluguel do campo por R$ 5 mil com a Prefeitura de Horizonte, responsável pelo equipamento. O time encaminhou ação judicial para manutenção dos duelos na Arena Castelão, mas não conseguiu ainda reverter a posição da CBF.

Alexandre Mota