O futebol cearense esteve representado nas convocações da Seleção Brasileira para Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 e testes finais dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Cada torneio recebeu uma lista de atletas, com presenças confirmadas de Éverton Cebolinha (25) e Evanílson (21).
Os atacantes atuam em Portugal, por Benfica e Porto, respectivamente. O primeiro é natural de Maracanaú e foi revelado na base do Fortaleza, sendo decisivo na conquista da Copa América de 2019. O outro nasceu na Capital e iniciou no Estação-CE, até se destacar no Fluminense.
São valores jovens, com trajetórias similares, e que iniciam um percurso na equipe canarinha, seja no radar do próximo Mundial ou na busca pela nova medalha de ouro. No contexto local, o significado é de força estadual: a presença de cearenses é escassa historicamente na Seleção.
Por isso, o peso também da representatividade. O trabalho local tem como foco a revelação de talentos, como ocorreu com a base do Ceará em 2020 - João Victor e David foram chamados para o Brasil Sub-17. Assim, os nomes se inserem no radar da CBF.
É fato que o CEP ainda pesa nas escolhas, o desempenho surge apenas como um dos critérios no mecanismo de convocação. Mas há espaço para mais cearenses (ou revelados em solo alencarino).
A presença de dois nomes pode ser celebrada, no entanto, as lembranças de atletas como o lateral esquerdo Felipe Jonatan (23), do Santos, e o atacante Arthur Cabral (23), do Basel, na Suíça - ambos oriundos da base alvinegra - devem ser analisadas com criticidade.
O defensor cearense é titular do atual vice-campeão da Libertadores. O centroavante paraibano é, hoje, o brasileiro com mais gols no futebol europeu. Por isso, a dupla também pede passagem.
O ciclo olímpico não foi fechado, a lista definitiva ainda será encaminhada. O nível de competitividade é alto, há talento diversos, mas a expectativa deve se manter em talentos definitivamente forjados em solo cearense.