Fortaleza vai lucrar com venda do atacante Júnior Santos no futebol japonês; entenda

Centroavante passou pelo Leão em 2019 e tem direitos econômicos vinculados ao time cearense

A diretoria do Fortaleza aguarda a definição da negociação de um velho conhecido no exterior e pode receber receita em 2021. O processo envolve a venda do atacante Júnior Santos ao Sanfrecce Hiroshima, do Japão.

Com parte dos direitos econômicos vinculados ao time cearense, o atleta acertou transferência no país asiático e deixou o Kashiwa Reysol-JAP. Os valores ainda são mantidos em sigilo, mas o novo vínculo é de três temporadas.

Em contato com a cúpula tricolor nesta quarta-feira (13), o presidente Marcelo Paz reforçou que a equipe detém 25% do passe do centroavante, negociado em 2019. O recebido pelo time cearense pode ser menor, a depender dos moldes do acordo.

De todo modo, as cifras angariadas são altas. Emprestado ao Yokohama Marinos no último ano, Júnior Santos foi um dos destaques da J-League (liga japonesa) ao marcar 13 gols em 23 partidas. Pelo Fortaleza, na época, foram 10 tentos em 27 jogos.

O Diário do Nordeste apurou que o jogador será apresentado oficialmente no Sanfrecce Hiroshima nos próximos dias. O time japonês deseja a aquisição de todo percentual no futebol brasileiro e deve acionar os demais times com direitos sobre o atacante, a exemplo do Fortaleza, para acerto.

Assim, o Leão lucra na negociação, mas ainda aguarda contato sobre os valores. Durante a saída do Fortaleza, em julho de 2019, Paz explicou que o ganho tricolor era de R$ 1 milhão na venda.

"Nós compramos o Júnior Santos por R$ 1 milhão, com 50% dos direitos econômicos dele. Nessa negociação, nós vamos receber, pelo menos, R$ 2 milhões. Vai depender da variação do dólar quando for feito o pagamento que será no dia 31 de julho. A venda dele foi 1 milhão e 200 mil dólares. Só que, quando chegar o dinheiro, tem a comissão dos empresários que fizeram a negociação, tem o dinheiro do Ituano e do Osvaldo Cruz que têm direitos econômicos. Só aceitamos a negociação com o mínimo de R$ 2 milhões para o Fortaleza, ainda preservando 20% dos direitos econômicos do jogador. Compramos 50% por R$ 1 milhão e vendemos 25% por, pelo menos, R$ 2 milhões. Foi um ótimo negócio. Valorizamos 400% em cinco ou seis meses. Esse valor pode virar muito mais se ele for bem lá no Japão e houver uma outra venda", explicou o mandatário.

O cenário ressalta a importância de ter ativos no clube. Como fez uma aquisição, sem se tratar de um empréstimo, o Fortaleza consegue lucrar mesmo quando o jogador está fora da instituição. A tendência é que o processo seja mais frequente no Pici, a depender da consolidação na Série A do Campeonato Brasileiro.