Em 2024, o surfe olímpico será bem longe de Paris. Situação não é novidade

Em 1956, o hipismo também foi transferido para outro local fora do país onde estava a cidade-sede olímpica

Foto: Foto: Divulgação/WSL

Durante o encontro do Comitê Olímpico Internacional, o COI, em Lausanne, na Suíça, onde foram discutidas questões ligadas aos Jogos Olímpicos, nem tudo foi coronavírus.

Houve espaço também para decisões sobre outras questões. Algumas ligadas já à edição de 2024, em Paris, na França. E lá, foi decidido que o surfe será disputado bem distante do território francês: em Teahupo'o, no Taiti, país da Oceania. Confirmadamente, é a maior distância da realização de uma modalidade para uma sede olímpica.

É bem comum que alguns esportes, tipo o surfe, seja disputado em locais um pouco afastados de onde se disputam as demais modalidades. O futebol, em 2016, por exemplo, passearam por outras quatro sedes. Mas essa decisão para os Jogos de 2024 divide a Olimpíada em duas sedes e, provavelmente, os surfistas sequer vão se integrar com o restante da delegação brasileira.

Então, é a primeira vez que uma situação dessas acontece, não é? Não, não é. Em 1956, na Olimpíada de Melbourne, o hipismo foi deslocado também para uma sede em outro país, a Suécia, sendo compartilhada por dois países também.

Na época, o governo australiano, temendo a contaminação de seus rebanhos, impôs uma regra que previa uma espécie de quarentena a todos os cavalos e éguas que fossem competir nos Jogos Olímpicos longe de seus tratadores. Com isso, decidiu que as provas não seriam disputadas em Melbourne, mas sim, em Estocolmo, capital da Suécia.

É possível argumentar que há locais mais próximos para a disputa do surfe. Só na França, são pelo menos 15 praias aptas. Sem contar que Nazaré é bem próxima, em Portugal. Mas o Taiti é território ligado à França e é sede de uma das principais etapas do Circuito Mundial.

Motivo mais propício não poderia haver.
 



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