Combate à praga que destrói e mata carnaúba ganha projeto e tem pesquisa na Inglaterra

“Unha do Diabo” hoje é uma grande ameaça ao setor carnaubeiro e à sobrevivência da biodiversidade na Caatinga

Legenda: A cera da carnaúba exerce importante papel na economia cearense
Foto: Adece

Identificar um fungo específico, agir e controlar a praga. Esses são os objetivos de um projeto que visa combater uma espécie invasora e destruidora da carnaúba nordestina. 

O projeto ganhou apoio da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).

A praga é conhecida como “Unha do Diabo” e hoje é uma grande ameaça ao setor carnaubeiro e à sobrevivência da biodiversidade na Caatinga. 

A "Unha do Diabo" cresce em volta do tronco da carnaúba, sufocando a planta e impedindo a absorção de luz solar, levando a palmeira à morte.

Isso vem acontecendo em áreas do Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e parte de Pernambuco. A cera da carnaúba ocupa o 8º lugar do ranking de exportações do Estado e sempre teve um papel importante na economia do Ceará.

Câmara Temática

A Adece está apoiando o projeto como parte de uma estratégia traçada pela Câmara Temática da Carnaúba. Cerca de R$ 270 mil estão sendo utilizados em um convênio firmado com a Associação Caatinga para a realização do trabalho.

Na prática, o fungo Maravalia Cryspostegiae, conhecido popularmente como ferrugem, também da região de Madagascar, e principal inimiga da "Unha do Diabo", vai combater a praga.

O trabalho é liderado por pesquisadores do Centro de Agricultura e Biociência Internacional (CABI), uma organização da Inglaterra que atua em parceria com as instituições brasileiras.

A pesquisa inclui ainda as participações da Associação Caatinga, Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade Estadual do Ceará e com o patrocínio do Sindicato das Indústrias Refinadoras de Cera de Carnaúba no Estado do Ceará (Sindcarnaúba).