Você se lembra do ICQ? Ele voltou a ser destaque

O ICQ era um software para mensagens instantâneas de meados dos anos 90. Naquela época, a novidade atraiu milhões de pessoas ao redor do planeta. Ao invés de mensagens via celular, você trocava via desktop ou notebook. Logicamente, antes dele tivemos o mIRC, o mensageiro para Windows onde tudo funcionava por linhas de comandos. Desta forma, o ICQ chegou como algo atraente e intuitivo. Pois bem, com as novas políticas do WhatsApp, além de aplicativos como Telegram e Signal, as pessoas voltaram para o ICQ.

Isso mesmo, o velho comunicador instantâneo para computadores também tem uma versão para smartphones. A história completa é que o ICQ foi lançado em 1996 pela empresa Mirabilis, sediada em Tel Aviv, Israel. Anos depois foram comprados pela America Online para, finalmente, em 2010, acabarem nas mãos da empresa russa Mail.RU Group que resolveu desenvolver o app para smartphones Android e iPhone com o nome de ICQ Messenger. 

Segundo a Sensor Tower, empresa que acompanha estatísticas do mercado de aplicativos ao redor do mundo, o número de downloads do ICQ Messenger saltou de 200, na semana anterior à notícia da mudança das regras no WhatsApp, para 7 mil depois. E para confirmar que eles voltaram a ser relevantes, o Google Trends, entre 17 e 23 de janeiro, para o termo alcançou a maior marca nos últimos 5 anos, pelo menos.

Para os que são saudosistas e, especialmente, para os que estão buscando o ICQ por conta das políticas agressivas do WhatsApp é bom ficar atento que, apesar da empresa não compartilha as nossas informações com qualquer um, a não ser por ordem judicial, eles estão sediados na Rússia, onde o governo tem controle forte sobre as empresas de tecnologia. 

Só para deixar o gostinho de nostalgia, a empresa manteve o som clássico de notificação, mas acabou com os chats aleatórios, onde o próprio ICQ estabelecia contato entre pessoas desconhecidas de qualquer lugar do mundo.

E aí? Vai baixar ou deixa quieto?

Daniel Praciano