Produtos eletrônicos só sobem? É só o começo

Desvalorizado, real é esmagado pelo dólar e produtos eletrônicos ficarão cada vez mais caros

Legenda: O retorno da montagem de desktops é real
Foto: Vasin Lee/Shutterstock

É bem simples. Maioria dos produtos eletrônicos ou vem de fora ou é montado aqui com peças de fora. Logo, é muito difícil para as empresas segurar preços atraentes aos consumidores. Mesmo em períodos de feriados ou Black Friday duvido que a queda seja grande suficiente. Não tem mágica. Dólar vai subindo e produtos como smartphones, notebooks e desktops seguem o fluxo. Lógico: não é o único fator que pesa. Carga tributária opressora é outro fator na fatura.

É engraçado que quando me perguntam se tem como comprar um ótimo notebook por até R$ 2 mil isso era verdade há 3 ou 4 anos. Mas tem uns bons dois anos que não é possível encontrar tal máquina neste valor. Algo com 8GB de RAM, SSD de ao menos 250GB e uma processador, ao menos, de até 2 anos pra cá, vai dar dor de cabeça encontrar por menos de R$ 3.500. E se quiser uma placa de vídeo off board para, não só jogar, mas fazer edição de vídeos e fotos sem gargalhos e irritações, então prepare mais alguns bons reais.

A verdade é que complicou. E, quem diria, até consórcio para comprar equipamentos eletrônicos virou uma saída. Quem viveiu sobre aquela magia de menos impostos nesta categoria de produtos viveu: agora já era. Apesar de aquele tipo de política tinha prazo de validade. Mas isso é papo para outro texto. 

E soluções? Há alguma? Definir o que você quer e colocar alerta em sites como o Zoom para seguir a onda dos preços é uma saída. Isso é algo similar a que faço com passagens aéreas via Google Voos (indico). Pesquisar, planejar, esperar períodos como Black Friday vai ser a única chance para conseguir comprar um novo notebook ou para montar um bom desktop. Por falar em montar desktop, acho que vou voltar a fazer isso. Nas décadas de 90 e começo dos anos 2000 eu era até bom nisso. O que uma crise não faz, não é mesmo?