Volta a paz no seio do Executivo

Escrito por Mauro Benevides , adv.maurobenevides@gmail.com

Em apenas 48 horas, o Brasil vivenciou desconforto nas posições militares dentro do Governo central, com a recomposição de Comando das Três Armas, criando intranquilidade em todos os segmentos sociais, o que para observadores mais argutos, só veio a ser conciliado com a ultimação de entendimentos entre o titular do Planalto e a oficialidade brasileira.

Ninguém se surpreendeu com a ação pacificadora tão bem articulada, envolvendo nomes prestigiosos do Exército, Marinha e Aeronáutica, pondo fim às insatisfações que emergiram na cúpula, acarretando preocupação por entre as lideranças políticas, ansiosas pelo término de pendência em área nevrálgica para a estabilidade democrática. 

Tudo havendo voltado à normalidade, o chefe do Executivo cumprirá os seus encargos sem atropelos, dando sequência a um trabalho pertinaz, com as vistas focadas no enfrentamento da pandemia e, logo depois, para a fase eleitoral, quando estarão em disputa a sucessão do Presidente, governadores, bem assim, a composição das Assembleias Legislativas e do Congresso Nacional. 

Em meio a essas diretrizes suavizadoras, fluirá a atividade governamental, sintonizada com o Senado e a Câmara dos Deputados, assegurando à Nação um ritmo de trabalho fecundo, sem descompassos que dificultem a eficiência da estrutura oficial, sempre alcançada por incompreensões, que afetam a atuação dos Poderes constituídos. 

Quando as discordâncias, já superadas, tornaram-se periclitantes, vozes autorizadas se fizeram ouvir, na busca de consenso quanto à escolha dos Comandantes militares, todos possuidores de habilidades para manter coesas as nossas Forças Armadas, que sempre souberam engrandecer a Pátria. 

Suplantada, como é esperado para breve, a assombrosa estatística de óbitos, confia-se em que o País retornará a conviver com uma nova realidade, capaz de impulsionar os programas de desenvolvimento socioeconômico, num clima de paz e absoluto acerto.

Tais prognósticos emanam daqueles que, piamente, acreditam no patriotismo de nossas autoridades, quer militares ou civis. Que todos orem por um Brasil estável, entoando, orgulhosamente “Ó Pátria amada, idolatrada. Salve! Salve!...”. 

Mauro Benevides 
Jornalista e senador constituinte