Vislumbre do segundo semestre

Escrito por Mauro Benevides ,

Prestes ao término de conturbado primeiro semestre, marcado por desencontros entre os Poderes da República, além, obviamente, do crescimento de uma pandemia intranquilizadora, confiamos em que, na próxima metade do ano as nossas lideranças políticas se conscientizem das dificuldades emergentes, retomando um caminho menos ínvio e bem mais alinhado com a preceituação constitucional, que não pode ser desconsiderada, mormente com quizilas inconsequentes, que não contariam com o respaldo da coletividade, ávida pelo entendimento entre os que detêm a responsabilidade institucional.

Executivo, Legislativo e Judiciário, nos termos do que preconiza a Carta Cidadã, de 1988, jamais devem afastar-se das diretrizes de nossa Lei Maior, elaborada com a participação popular, em inserções lapidares, que não podem deixar de ser cumpridas com fidedignidade, notadamente no que concerne ao respeito à cidadania.

É certo que com a avassaladora incursão do vírus que dizima números incontáveis de vidas, em todos os continentes, as autoridades mais responsáveis precisam manter um sentimento de recíproca solidariedade, num instante caótico, que inadmite a circulação de pessoas em seus afazeres cotidianos, num cerceamento angustiante, acarretando descontrole nas atividades habituais, sem que os cidadãos possam cumprir seus encargos, quer na esfera pública ou na privada.

O Ministério da Saúde – que se retraíra na menção explícita do quantitativo de óbitos, passou a ser imperativamente autêntico, permitindo que a realidade despontasse sem subterfúgios, mesmo que os dados sejam desalentadores e despertem incontida desesperança, no seio de todos os segmentos populacionais.
Na nossa Região do Cariri, os convictos adeptos do Padre Cícero Romão Batista dirigem-se ao Santo Padroeiro, na crença de que “todo mal por si se destrói...”.

Mauro Benevides

Jornalista e senador constituinte

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024