Vislumbrando a sucessão

Escrito por Mauro Benevides ,

Com um mês apenas de antecedência, a batalha eleitoral começa a intensificar-se, mesmo no contexto limitador da pandemia, com os concorrentes às prefeituras e câmaras de vereadores ampliando os contatos, visando assegurar apoios indispensáveis, em condições de somar adeptos para o instante decisivo, que é o 15 de novembro.

Se a Proclamação da República é marco histórico, neste ano a data galvanizará as atenções para a escolha dos dirigentes municipais e membros do Legislativo local, todos pressurosos para ir às urnas, convictos de que saberão cumprir o encargo patriótico de eleger os detentores da preferência popular, consolidada pelo exame de predicados pessoais, especialmente a formação ideológica e o propósito de servir ao povo como um todo.

Para quem ascendeu a todos os degraus da hierarquia legislativa, de vereador a senador da República, sabe ser o edil aquele que mais de perto convive com o votante, - este sempre atento para cobrar do eleito a concretização de demandas pessoais e de interesse coletivo.

Já as conversas com deputados e senadores é tarefa mais complexa, exigindo-se espaço na agenda, pauta para audiências e outros requisitos, que habilitem o militante em suas aspirações, sempre formuladas com legitimidade e justeza.

Na Prefeitura o acesso é mais limitado, por mais solícito que seja o seu titular, sempre disposto a apontar dificuldades do Erário, porém, logo, a pretensão cogitada poderá vir a ser atendida.

Na sequência de mandatos, os pedidos são praticamente idênticos, embora o diálogo entre a autoridade e o apoiador não seja franqueado com maior presteza, muitas vezes em demora prolongada, justificando o acolhimento do pleito aguardado pacientemente.

Que os postulantes ao sufrágio sigam essa trajetória, renovando a esperança, sendo esta, conforme o adágio, “a última que morre...”.

Mauro Benevides

Jornalista e senador constituinte

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024