Um sopro de otimismo

Escrito por Ricardo Cavalcante ,

Legenda: Ricardo Cavalcante é presidente da Fiec
Foto: Kid Junior

O mês de junho se inicia com um sopro de otimismo. Após a divulgação por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país havia crescido 1,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses do ano anterior, elevaram-se as projeções de expansão da nossa economia.

Apesar das inúmeras dificuldades causadas pelo agravamento da pandemia e tudo o mais ela tem carreado, a reação demonstrada por setores como a agropecuária e a indústria, somados ao maior volume de investimentos, já permitem projetar, um crescimento da ordem de 4% para este ano, valor que praticamente zera a queda registrada em 2020.

O otimismo alcança até mesmo instituições internacionais como o Goldman Sachs e o Bank of America, que ampliaram suas projeções para 5,5% e 5,2% respectivamente, o que sugere uma recuperação ainda mais forte da nossa economia.

As razões alegadas por especialistas consideram fatores como o progresso da vacinação, a reabertura gradual da economia, o estímulo fiscal renovado e a recuperação da confiança do consumidor e das empresas.

Tais notícias, se por um lado animam o nosso otimismo, por outro, acendem um alerta para a importância de pensarmos no longo prazo.

Se quisermos experimentar uma retomada consistente, que nos leve a um rítmo de crescimento sustentado, não podemos abrir mão de políticas como as elencadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no documento “Vencer a crise e voltar a crescer”, publicado no último dia do mês de maio.

Dentre as propostas, a aprovação das reformas tributária e administrativa, aliadas aos novos marcos legais de infraestrutura, investimentos em inovação na indústria, redução da burocracia e dos custos do comércio exterior e modernização das relações trabalhistas, se destacam como imprescindíveis.

Há razões para sermos otimistas, e os números recentes comprovam. Mas não podemos relaxar, precisamos seguir atentos, alinhando continuamente as nossas velas aos ventos que sopram a favor.

Ricardo Cavalcante
Presidente da Fiec

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