Ultraje maior

Escrito por Antonio Caminha Muniz Filho ,

Nos últimos tempos, a quase unanimidade da sociedade tem censurado um sem-número de fatos/ações que oferecem um visível vilipendio ao respeito devido à nossa Carta Magna. E não seria para menos. É de ciência primária que, apesar do nosso País estar combatendo a maléfica e antipatriota corrupção, atualmente esse péssimo proceder de locupletar-se tem se agigantado de forma a forçar seu desvirtuamento político, institucional.

Hoje, é difícil se constatar quantos ocupantes de cargos públicos, inclusive políticos, honram seu exercício, e a confiança desse significativo número de habitantes, dessa terra promissora. Não se faz necessário nomear casos específicos de desonestidade contra o Brasil. São tantos e diversos tipos que se tem a impressão de que vivemos realmente num buraco de “areia movediça”;

A Constituição Federal, nosso roteiro cívico, não traz qualquer diferença quanto às direitos/obrigações de todos os brasileiros. No seu artº 5º, não aponta transigência de qualquer ordem. Adiante, nos seus incisos e parágrafos, não traz imposições alheias à democracia. Ao contrário: preceitua que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo a todos, brasileiros e alienígenas, que vivam no Brasil, a inviolabilidade dos direitos que menciona”, inclusive elencando especificidades democráticas.

Todavia, na vigência de governos em situações as mais diversas, prova-se o contrário. Persiste “o direito” de preferência de alguns “aquinhoados”, bastando, para tanto, serem “dedicados” em relação a quem os apadrinhou. E os que estão fora dessa contemplação, com essa preferência, como vivem. É obvio que continuam a ser fiadores das conquistas políticas dos candidatos, certo de que devem ser conservados nesse antigo viés impatriótico.

Antonio Caminha Muniz Filho

Advogado

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024