Que em 2025 possamos respeitar a pluralidade das famílias

É necessário também respeitar os diversos tipos de família, afinal todos têm o direito de constituir seus laços fraterno

Escrito por
Conceição Martins producaodiario@svm.com.br
Advogada
Legenda: Advogada

Falar sobre família é entender que esse conceito não é fixo e imutável, mas sim que pode se recriar, refazer e se transformar ao longo dos anos, refletindo as mudanças sociais e culturais que mostram a chegada de novos tempos. Não é válido entender por família apenas aquela quese institui por pai, mãe e filho, mas sim que ela deve ser compreendida pelas suas diversas formações avós que criam seus netos, casais homoafetivos, mãe solo, ou seja, a palavra de ordem que gera em torno da família hoje é pluralidade. 

É necessário também respeitar os diversos tipos de família, afinal todos têm o direito de constituir seus laços fraterno. Infelizmente, no Brasil ainda existem muitos preconceitos e um conceito fixo de família ser homem, mulher e filhos. 

Mas essa realidade precisa ser mudada em 2025. Primeiro, precisamos entender que o próprio significado de família traz um ideal de respeito pela diversidade e pelo sentimento do outro. Por exemplo, se eu considero meu padrasto meu pai, por que ele não pode ser considerado família? Se eu tenho duas mães que vivem em um relacionamento homoafetivo, por qual motivo isso não pode ser considerado família? Notamos então que essas definições buscam estar livres de preconceitos e de qualquer diferença que exista.

Há também uma evolução no que tange ao Direito de Família. De acordo com o Dicionário de Direito de Família e sucessões de 2023, podem ser consideradas famílias aquelas quesão: família anaparental, família binuclear, família ectogenética, família extensa, família homoafetiva/isossexual/homoparental, família monoparental, família multiespécie, família multiparental/pluriparental, famílias mútuas, família poliafetiva/poliamorosa, família recomposta/reconstituída/mosaico/ensamblada, família simultânea/paralela, família socioafetiva, família unipessoal, parceria de paternidade/contrato de geração de filho. 

Portanto, não podemos mais permitir tanto preconceito, é preciso evoluir e entender que é possível escolher a família que o seu coração ama e não apenas aquela do laço sanguíneo. Quem entende a grandeza do que significa a palavra família, compreende verdadeiramente o que é o amor, o carinho e o afeto. 

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