Proximidade do recesso

Escrito por Mauro Benevides - Jornalista senador constituinte ,

Já próximo do recesso, o Congresso terá de empenhar-se pela aprovação de matérias relevantes, que tramitam nas duas Casas, num torvelinho de discussões que se amiúdam e buscam decisão conclusiva, evitando, assim, convocações extraordinárias, com mais despesas onerando as arcas do Tesouro Nacional.

Daí o empenho dos presidentes Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, para que a Ordem do Dia inclua temas palpitantes, não devendo ser transferidos para o próximo exercício, causando ônus para finanças oficiais.

Para quem vivenciou momentos semelhantes do Parlamento – a exemplo deste colunista – esforços são despendidos para que a pauta se esgote no prazo constitucional, sem necessidade de trabalho extra, nunca visto com bons olhos pelos setores esclarecidos da comunidade, com a imprensa taxando o Legislativo de inoperante, algumas vezes, decorrente da falta de entendimento entre tendências congressuais.

O Orçamento da República – considerada a mais importante proposição – será naturalmente decidido em tempo hábil, conforme asseverou, em entrevista, o senador piauiense Marcelo Castro, tranquilizando o Poder Central de que essa missão não sofrerá procrastinações, que impeçam o cumprimento do roteiro estabelecido, pelo Regimento e a Carta Magna.

Se outras divergências despontarem em torno de projetos importantes, uma convocação exclusiva será inoportuna e suscitará críticas da mídia e dos segmentos conscientizados da população.

Por tudo isso, os dirigentes do Legislativo já se mobilizam para evitar lapsos no cronograma preliminar, garantindo a preferência que a Lei Orçamentária reclama, para que não se registrem protelações inócuas aos olhos de nossas correntes de opinião. 

Mesmo que cheguemos às vésperas do Natal e Ano-Novo, a árdua e imperiosa tarefa deve ser cumprida, dentro do axioma sempre reprisado de que “Antes tarde do que nunca...”.

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024