Polo de tecnologia arretado

Escrito por Francisco Moreto ,

O Nordeste tem se destacado em diversas áreas no país. Mais recentemente o desenvolvimento tecnológico tem se fortalecido ainda mais na região, com grandes destaques para formação de polos, principalmente em Pesquisa e Desenvolvimento em soluções tecnológicas. Entre esses polos está o Ceará.

Isso mostra um novo cenário que se redesenha ainda mais em um mundo pós-pandemia. Diversas áreas tiveram os processos tecnológicos acelerados. Aulas e trabalho precisaram se adequar e migrar para plataformas online. Se antes as barreiras físicas já eram reduzidas para quem atua na área de tecnologia - afinal um computador e um acesso à internet é tudo o que se precisa para o profissional - agora se torna ainda mais real e praticável o home office.

Segundo última pesquisa da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), a região Nordeste é a terceira do país com o maior número de profissionais atuando na área. São mais de 80 mil. Além disso, no Nordeste, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (AbStartups), em se tratando de estados com maior número de startups, o Ceará encontra-se em terceiro lugar, com 184 células. Bahia e Pernambuco são os líderes do ranking local, com 254 e 214 startups, respectivamente. 

O Ceará é o berço do Instituto Atlântico, uma Instituição de Ciência e Tecnologia, sem fins lucrativos, voltada para a promoção da inovação, pesquisa e desenvolvimento em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e um dos principais ICTs do Nordeste em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Hoje somos polo de exportação de conhecimento e de profissionais. Nesse ambiente, por exemplo, o Instituto Atlântico apresentou crescimento de mais 100% no número de profissionais contratados - o que demonstra um aumento de demanda no mercado - hoje atuando com cerca de 600 colaboradores. Somos o exemplo de que, cada vez mais, organizações que geram valor (empresariais ou não) estão nascendo e se mantendo fora do eixo Rio-São Paulo. Os talentos nordestinos não precisam mais participar de um êxodo para brilhar. Somos um hub de inovação no Brasil.

Francisco Moreto é engenheiro eletrônico formado pela Unicamp, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.

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