Parece amainar a Covid

Escrito por Mauro Benevides ,

Legenda: Mauro Benevides é ex-senador pelo Ceará
Foto: Arquivo pessoal

O quadro de pandemia parece desfigurar-se em sua intensidade, diante de um ciclo vacinal que já se encaminha para a terceira fase de aplicações, na vastidão do território nacional, apesar de ainda assustador o número de mortes em todas as idades, porém, não se devendo deixar de reconhecer a ação repressiva do Poder Público, com vistas à erradicação do implacável coronavírus, que terminou por ceifar milhares de vida entre nós, numa estatística que tem apavorado a população.

O Ministério da Saúde, num troca-troca de titulares, aperfeiçoou as diretrizes para debelar o perverso vírus, que se espalhou pelos mais diversos cantos do globo terrestre, agora, em percentual menor, numa comprovação de que os esforços tornaram eficaz a reação medicamentosa, utilizada com persistência programada tecnicamente, sob as vistas atentas de autoridades especializadas, além de outras estratégias visando o extermínio de tal calamidade.

As filas que se formaram, tanto nas capitais, como no interior do País, mostraram a ânsia dos nossos compatrícios em serem contemplados com os imunizantes, quer na esfera federal, estadual ou municipal, numa batalha ciclópica que, infelizmente, perdura em algumas regiões de nossa Nação.

Caso opções tenham sido registradas no curso dessa “guerra” pandêmica e mortífera, deverão merecer punição rigorosa, já que estão em perigo vidas preciosas entre todas as faixas etárias, exigindo um ritmo de imunização bem ordenado pela direção do Ministério respectivo, bem assim, das secretarias estaduais e municipais de saúde, pois não remanescem dúvidas de que a vacinação ainda é o remédio mais eficaz.

Se falhas ocorreram no combate a essa delongada pandemia, que se adotem as medidas punitivas que a CPI do Senado recomendou, conforme distorções identificadas ao longo de intensas averiguações, procedidas por senadores vigilantes a tais anormalidades, daqui por diante, cabendo aos órgãos competentes a incumbência de apontar os culpados.

Que prevaleça o axioma segundo o qual, “a justiça tarda, mais não falha”, mormente, quando se encontra em jogo a vida humana. Que assim se proceda com vontade de Deus.

Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024