Os prejuízos da perda auditiva

Escrito por Cintia Fadini ,

A perda de audição dificulta a vida. Além da baixa capacidade de prestar atenção no que outros estão dizendo, a falta de estímulo no cérebro pode ocasionar ansiedade, depressão e até demência.

A dificuldade de ouvir bem gera problemas físicos, como, por exemplo, acidentes de trânsito e quedas. Isso acontece por não perceber o som das buzinas dos automóveis e os alertas das pessoas na rua.

A perda auditiva pode provocar danos psicológicos. Muitos ficam frustrados e com vontade de se isolar por não conseguir se comunicar. O receio de sair de casa faz com que a pessoa se afaste de amigos e parentes, gerando ansiedade e depressão.

A falta de estímulos em áreas específicas do cérebro pode levar à demência: É a lei da natureza: se eu não uso, perco. Esse risco é maior após os 30 anos. Um dia sem ouvir é suficiente para desencadear dificuldades em atenção e memória, por exemplo.

O cérebro precisa ser estimulado para não perder funções cognitivas. A via auditiva tem a capacidade de mantê-lo ativo. Oferecemos ao cérebro estímulos auditivos quando conversamos e interagimos. É como se estivéssemos exercitando-o, assim como um músculo, quando falamos e ouvimos.

Os sintomas de perda de audição começam com leves dificuldades de entender uma conversa em um nível mais baixo ou quando há incômodo com ruídos e zumbidos leves. A níveis moderados, o som da televisão começa a incomodar e o pedido por repetições de fala são frequentes. 

Torna-se mais severo quando é necessário gritar para entender uma fala e o zumbido se torna insuportável. É importante acompanhar a saúde auditiva com exames de rotina e consultas ao fonoaudiólogo, além de oferecer ao cérebro estímulos auditivos, conversas e interações. Caso se constate a perda auditiva, o indicado é iniciar imediatamente o processo de reabilitação.

Cintia Fadini
Fonoaudióloga e Audiologista

Assuntos Relacionados
Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024