Onde fica o Social no ESG?
Dentre as determinações, o social é o que apresenta ações menos contundentes, caminhando a passos lentos em comparação com as estratégias voltadas para o meio ambiente e governança
Escrito por
Admara Pinheiro
producaodiario@svm.com.br

Legenda:
Gerente de Mobilização de Recursos e Comunicação
O mundo corporativo está em constante evolução, impulsionado por novas tecnologias, lideranças e a multiplicidade de atividades, transformando o cenário profissional e gerencial das empresas. De fato, o mundo não é mais o mesmo e a sociedade está mais atenta às atividades desempenhadas em todos os setores. Nesse contexto, as ações de ESG (Environmental, Social and Governance) - em português, Ambiental, Social e Governança - estão cada vez mais em vigor entre os negócios.
Dentre as determinações, o social é o que apresenta ações menos contundentes, caminhando a passos lentos em comparação com as estratégias voltadas para o meio ambiente e governança. Neste pilar, as corporações realizam práticas sociais relevantes para os direitos dos colaboradores, a responsabilidade social, a diversidade e a inclusão. Em suma, representa ações empresariais que repercutem positivamente nas pessoas, comunidades e sociedade.
Apesar de ser uma nova tendência em construção, entidades do terceiro setor ainda esbarram na falta de incentivos por parte das corporações. Essa dificuldade decorre da falta de informação sobre como apoiar as instituições e estabelecer uma relação saudável e coerente com as Organizações da Sociedade Civil (OSCs). Na Associação Peter Pan, trabalhamos na fomentação de parcerias com empresas que busquem beneficiar nossos assistidos, prezando sempre pela transparência e prestação de contas à sociedade.
Há diversas formas de apoiar uma causa social, entre elas: doações financeiras, fornecimento de alimentos, aprimoramento de logística e tecnologia, divulgação das atividades e outras ações alinhadas às particularidades de cada OSC. Atualmente, a doação de 1% do Imposto de Renda é uma maneira efetiva de ajudar e, talvez, a mais desconhecida. Por ela, empresas parceiras podem destinar a porcentagem para o Fundo da Criança e do Adolescente, beneficiando diretamente a Associação Peter Pan.
Essa destinação, que não gera ônus para a empresa, permite a continuidade dos nossos 16 programas de promoção à saúde, a ampliação das nossas atividades e o auxílio às 1.300 famílias atendidas mensalmente pela Associação. Esse é um exemplo concreto de como o “S” de ESG pode ser praticado, incentivando os colaboradores a se engajarem e apoiarem causas de impacto. Afinal, cada pequeno gesto transforma a estrutura social e muda a vida dos beneficiados.