Odontologia e coronavírus

Escrito por Dr. Porto - Cirurgião-dentista e vereador ,

Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a assistência odontológica apresenta um alto risco para a disseminação do novo coronavírus, tal é a carga viral presente nas vias aéreas superiores e a exposição aos materiais biológicos, proporcionada pela geração de aerossóis nos procedimentos. Neste cenário, a recomendação do CFO e da Anvisa é que os tratamentos eletivos e programados, ampla maioria dos atendimentos clínicos e maior fonte de renda dos dentistas, fossem suspendidos. Em tempos de surto de Covid-19, a Agência recomenda que os procedimentos odontológicos se restrinjam aos emergenciais, que representam risco de morte, ou em caráter de urgência, que não representam esse risco. A maioria dos atendimentos ocorre em serviços ambulatoriais específicos de urgência e emergência ou hospitais, complicando a situação dos dentistas que, em geral, trabalham em consultórios. A crise pandêmica faz emergir o problema da suspensão repentina na fonte de renda de aproximadamente 3.661 cirurgiões-dentistas em atuação no Ceará, registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Assim como a população fica sem atendimento odontológico em sua generalidade, os profissionais da área também estão em situação de vulnerabilidade pela ruptura abrupta de seus rendimentos. Estamos articulando com as entidades representativas (ABO-CE, CRO-CE, ACO-CE , ABOR-CE, Sindiodonto) a união de todos para a construção de repostas positivas para a classe. Urge a adoção de medidas protetivas para que os dentistas possam continuar com suas missões valorosas, trabalhando, promovendo a promoção da saúde bucal de todos, mantendo empregos.

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