O impacto dos dispositivos móveis na saúde

Escrito por Daniel Camillo Rocha ,

Legenda: Daniel Camillo Rocha é diretor executivo de saúde
Foto: Arquivo pessoal

Por conta da pandemia, a área da saúde passou por diversas transformações. A lei que regulariza a telemedicina, por exemplo, foi sancionada em abril de 2020, e possibilitou o atendimento médico por meio das teleconsultas.

Nesse contexto, os dispositivos móveis tornaram-se ainda mais relevantes para estreitar as barreiras entre os serviços e a população. Atualmente, os smartphones são uma das ferramentas que mais auxiliam a prática telemedicina, já que 58% dos brasileiros acessam a internet apenas pelo celular, de acordo com pesquisa da TIC Domicílios. 

A tecnologia móvel permite aos médicos acesso às informações de saúde dos pacientes para realizar o acompanhamento em tempo real. Com relação às operadoras de saúde, existem hoje aplicativos integrados aos sistemas de gestão que possibilitam que as instituições de saúde ampliem a integração com os pacientes.

Do lado do paciente, ele ganha agilidade no tratamento e na troca de comunicação com o médico, além de poder acessar vários tipos de aplicativos de saúde.

Com tantos aplicativos disponíveis no mercado, é importante verificar se o mesmo segue as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e se todos os dados armazenados estão criptografados. As organizações de saúde devem investir em provedores tecnológicos que se comprometam com o desenvolvimento de soluções inovadoras para proteger seus sistemas.

Ainda existem entraves que impedem que essas tecnologias alcancem toda a população. O primeiro desafio, é a disponibilidade tecnológica, pois algumas regiões do Brasil ainda enfrentam problemas com conectividade e baixa qualidade na conexão.

Outro fator é o investimento por parte das instituições de saúde, que devem apostar na interoperabilidade com a meta de realizar toda a integração de dados entre médicos, laboratórios e as plataformas.

Os serviços de saúde via dispositivos móveis tendem a conquistar o mercado, pois proporcionam mais agilidade e qualidade no atendimento hospitalar. No entanto, não se exclui a necessidade de investir em um atendimento humanizado e atentar-se à LGPD para aprimorar cada vez mais esse serviço na área da saúde.

Daniel Camillo Rocha 
Diretor executivo de saúde

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