O agronegócio resiste

Escrito por Rafael Dal Molin ,

O agronegócio representa cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do País, sendo de fundamental importância para a economia brasileira. Assim como ocorreu em outros segmentos administrativos do Brasil, vejo que a Covid-19 abriu os olhos dos agricultores e pecuaristas para a transformação digital, uma vez que deixou em evidência o quanto uma gestão eficiente pode gerar impactos positivos em toda a cadeia do agro. 

A agricultura mecanizada, que nos últimos anos trouxe excelentes avanços em termos de tecnologia, tem contribuído para que as pessoas enxerguem os benefícios da digitalização dos processos, afinal, quem tem uma estratégia definida para executar na hora de uma emergência pode minimizar qualquer tipo de falha.

Boa parte das nossas propriedades ainda produz de forma bem tradicional, em um modelo familiar, onde os netos estão administrando os negócios dos avós e a adoção de ferramentas ainda é bastante obsoleta. É fato que isso é um dos maiores desafios para a total profissionalização da gestão, mas destaco outro ponto também: a ausência da mão de obra interna. Tecnologias não funcionam sozinhas e é preciso que as pessoas aprimorem o uso das engenharias e soluções digitais: seres humanos operam as máquinas e alimentam com dados e informações a maioria dos sistemas.

Tecnologias voltadas para a gestão do agronegócio são indispensáveis para quem tem a intenção de organizar o empreendimento, e encontramos no Brasil o que existe de mais avançado em termos de informática. Acredito que o mundo pós-coronavírus será muito mais preocupado com a questão sanitária, aspectos sobre origem e condições de alimentos, forma de preparação ou manuseio daqui para frente e só a transformação digital será capaz de impulsionar ainda mais o agronegócio. O setor possui especificidades que, se bem trabalhadas, possibilitam ganhos irreversíveis.

Rafael Dal Molin

Mestre em Computação Aplicada

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024