Nomofobia: Você tem medo de ficar longe do celular?

Escrito por Alessandra Augusto ,

Uma pesquisa recente publicada pela Digital Turbine mostra que 20% dos brasileiros não ficam mais de 30 minutos longe do celular. Esses dados servem como um sinal de alerta para o vício em aparelhos eletrônicos. Nesse contexto, vale citar também que pode virar um caso de namofobia.

A namofobia é uma palavra constituída pela abreviação da palavra ‘no mobile’, que significa sem celular, e fobia que é um medo irracional, exagerado. É o medo exagerado de ficar sem o celular ou aparelho eletrônico. Pode ainda evoluir para uma ansiedade generalizada.

Há pessoas que acordam no meio da noite para verificar o aparelho, a ponto de desenvolver a “chamada fantasma”. É quando o aparelho não está fazendo nenhum som ou vibrando e se tem essa percepção por conta de uma expectativa do aparelho sinalizar uma notificação. 

Evite mexer no celular o tempo todo para não virar um hábito. Excluindo casos em que o trabalho com o celular se faz necessário, crie horários e normas para verificar o aparelho. Numa urgência, volte ao velho hábito da ligação.

Uma forma de prevenir é evitar o aparelho no tempo ocioso. Faça algo em que possa produzir, por exemplo, um curso. Use esse tempo para estudar, ler, ou até mesmo fazer atividade física.  

Perceba se o aparelho está atrapalhando atividades como trabalho e estudos. Caso a resposta seja sim, é o sinal de alerta para buscar um profissional da área de saúde mental.  

Geralmente, o namofóbico não tem conversas olhando nos olhos com outros, está o tempo todo se afastando e cada vez mais vivendo entorno do celular. Há cura e podemos aprender a lidar com ela, fazendo uma reprogramação nesses hábitos colocando marcos e metas a serem atingidos.   

O mais indicado é fazer sessões de psicoterapia com um psicólogo ou terapeuta. Assim a pessoa vai entender seus sentimentos e a forma de se comportar diante da possibilidade de ficar sem o aparelho. Em casos mais extremos e que existe necessidade de medicação. Busque um psiquiatra.

Alessandra Augusto é psicóloga

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024