Moda cearense, estratégias e crescimento sustentável

Embora o varejo físico seja o principal canal de vendas no Brasil, com R$ 244,7 bilhões em 2022, o e-commerce tem ampliado sua participação, especialmente no setor de moda. Nos primeiros cinco meses do mesmo ano, o mercado de moda registrou mais de 683 mil pedidos online, segundo o portal E-commerce Brasil. Esse crescimento torna a integração entre lojas físicas, plataformas digitais e marketplaces cada vez mais essencial para alcançar públicos diversificados e fortalecer a presença das marcas no mercado.
No segmento B2B, o fortalecimento das relações com distribuidores e lojistas é um fator-chave. Parcerias estratégicas, treinamentos especializados e suporte na gestão de vendas são essenciais para ampliar a presença das marcas em diferentes regiões. A diferenciação no setor de moda também é fundamental para a competitividade. Marcas que investem em campanhas inovadoras e coleções com conceitos bem definidos conseguem se destacar. Produções inspiradas em referências culturais globais e ensaios fotográficos internacionais agregam valor à marca e ampliam o engajamento do público consumidor. Essas estratégias reforçam a posição das marcas e geram maior visibilidade.
O contato direto com clientes e distribuidores também desempenha um papel importante. Eventos exclusivos, ativações personalizadas e a participação em feiras do setor ajudam a fortalecer a visibilidade da marca e abrir oportunidades de negócios. No Ceará, onde a indústria de confecções gera cerca de R$ 3 bilhões por ano e representa 20% dos empregos industriais (conforme informações da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), é importante valorizar marcas locais e investir na profissionalização do setor.
Rodrigo Lima Filho é gerente comercial do Grupo Nayane