Menos Burocracia, Mais Educação: O Verdadeiro Caminho para um Trânsito Melhor

Escrito por
Alisson Maia producaodiario@svm.com.br
Vice presidente do Sindcfcs/CE, Especialista em trânsito e mobilidade urbana, membro da comissão de trânsito da OAB/CE
Legenda: Vice presidente do Sindcfcs/CE, Especialista em trânsito e mobilidade urbana, membro da comissão de trânsito da OAB/CE

No debate sobre segurança viária no Brasil, muito se fala sobre novas exigências e mudanças no processo de habilitação, mas pouco se discute sobre o que realmente salva vidas no trânsito: o equilíbrio entre Educação, Engenharia e Fiscalização. Esse é o tripé que sustenta um trânsito mais seguro e eficiente. No entanto, é preciso reconhecer que, entre esses pilares, a Educação continua sendo a base fundamental.

O Brasil é um dos poucos países do mundo que exige, de forma obrigatória, um curso teórico com aulas sobre legislação de trânsito, direção defensiva, meio ambiente e convívio social, além do treinamento prático em veículos adaptados e supervisionados por instrutores qualificados. Em vez de enfraquecer esse processo com medidas que aumentam a burocracia, como novas provas ou exames desnecessários. 

Criar novas exigências pode parecer, à primeira vista, uma forma de aumentar o rigor, mas na prática acaba afastando pessoas do processo de habilitação, ampliando a informalidade e o risco nas ruas. Em diversas cidades do interior, não há presença efetiva dos órgãos de trânsito, o que compromete o cumprimento das leis e a segurança dos usuários das vias. A fiscalização não deve ser vista apenas como um instrumento punitivo, mas como uma presença educativa e orientadora. 

Do mesmo modo, a Engenharia de Trânsito é um componente vital para a segurança. Vias esburacadas, sem sinalização adequada, mal iluminadas ou sem faixas de pedestres são armadilhas cotidianas para motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. A responsabilidade do poder público municipal é garantir que as vias estejam bem projetadas, conservadas e sinalizadas, com foco na prevenção de acidentes. 

O Brasil precisa de políticas públicas sérias que valorizem o que já funciona e corrijam o que ainda falha. Valorizar a educação de trânsito que é ofertada nas autoescolas, exigir mais investimento em infraestrutura urbana e garantir a presença ativa da fiscalização é o caminho mais eficaz para um trânsito mais seguro. Quando esses três pilares atuam em conjunto, os resultados aparecem: menos acidentes, menos mortes, mais cidadania. 

Alisson Maia é vice-presidente do Sindicato das Autoescolas

Professor aposentado da UFC
Gonzaga Mota
19 de Julho de 2025
Antonio Cruz Gonçalves é empresário
Antonio Cruz Gonçalves
15 de Julho de 2025
Jornalista
Gilson Barbosa
15 de Julho de 2025
Marcos Augusto Provin é empresário
Marcos Augusto Provin
14 de Julho de 2025
Romeu Aldigueri é presidente da Alece
Romeu Aldigueri
12 de Julho de 2025
Professor aposentado da UFC
Gonzaga Mota
11 de Julho de 2025