Longevidade brasileira

Escrito por Redação ,

Em poucos anos teremos um grande número de idosos no Brasil, mas as políticas públicas votadas para as pessoas desta faixa etária ainda são poucos e, em alguns municípios, inexistem.

O que há são pequenos e tacanhos projetos criados por um ou outro prefeito, e logo deixado de lado pelos demais administradores municipais.

Primeiro porque muitos entendem que não é necessário se pensar na terceira idade quando esta deveria, por si mesma, pensar no seu futuro após os 60, 65 anos de idade

Segundo dados do IBGE, no Brasil, em 2019, a expectativa era um brasileiro viver, em média até os 76 anos e meio. As mulheres um ou dois anos a mais. Como faltam alguns dados por conta da pandemia da Covid, é provável que estes números sejam maiores.

Outro detalhe que não podemos deixar de verificar é que, a mulher vive mais do que os homens. Verdade absoluta.

Muitos homens não procuram a medicina aos primeiros sinais de um problema de saúde. Já as mulheres aprendem, desde cedo, que é preciso ir ao ginecologista, ao dentista, ao clínico geral e outros especialistas logo no início de uma mudança em seus corpos.

Buscar um medicamento ou resposta para o que sente é sempre bom para aumentar a longevidade. Já os homens, machões e com saúde de ferro acabam sucumbindo com problemas que poderiam ser tratados, aumentando a expectativa de vida. Mas, infelizmente, quando buscam tratamento pode ser tarde.

Outro fator a ser analisado e não menos importante é que, os homens fazem trabalhos e serviços que colocam em risco sua saúde em longo período de exposição.

Existem mulheres que fazem alguns serviços que pensamos e fomos criados com esta concepção de serem para e exclusivos de “homens”. E fazem bem. Mas são raros exemplos e chegam a ser personagens de entrevistas em grandes emissoras. Mas sabemos que são poucas que se aventuram a derrubar barreiras.

Outro fator que podemos inferir neste momento de reflexão é que, a probabilidade de um bebê recém-nascido chegar ao primeiro ano de vida hoje não chega a 12 para cada mil nascimentos. Em tempos atrás, esses dados eram assustadores, uma vez que quase 90 nascidos no Brasil em um grupo de mil morreriam antes de ter sua primeira festa de aniversário.

Cuidados familiares, saneamento básico, acompanhamento médico, programas para mães nutrizes dos governos municipais, enfim, vários fatores denotam que é preciso cuidado, cuidado e cuidado para ampliar este leque de sobrevivência na primeira infância.

O leitor poderá até dizer que o fator estado onde vivem os pais influenciam estes dados e não está errado. Existem estados brasileiros onde a expectativa de vida é maior. Santa Catarina, no sul do Brasil, hoje é o melhor local para se chegar à terceira idade com qualidade de vida excepcional. Mas, ali, sabemos que a dedicação, trato e pensamento coletivo funciona de uma maneira diferente de alguns estados do Norte ou Nordeste brasileiro e isto não é prejulgamento, é estatístico.

Gregório José é jornalista

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024