Internacionalização do patrimônio: proteção, crescimento e sucessão
Entre os instrumentos mais utilizados nesse processo estão: as holdings internacionais, que funcionam como um “guarda-chuva” para investimentos, imóveis e participações, centralizando a gestão
A instabilidade econômica e política no Brasil, somada à alta carga tributária e à morosidade dos inventários, tem levado cada vez mais empresários e famílias a buscar alternativas sólidas para proteger o patrimônio construído ao longo de anos. Nesse cenário, a internacionalização deixou de ser apenas uma tendência e se consolidou como uma estratégia eficaz de diversificação, proteção patrimonial e organização sucessória.
No País, os principais pontos de atenção estão nos riscos de execuções trabalhistas, fiscais ou empresariais, capazes de comprometer todo um legado, além dos inventários demorados e custosos, que frequentemente expõem bens familiares a litígios. Ao transferir parte dos ativos para o exterior, surgem vantagens como: a proteção contra riscos locais, já que os ativos internacionais ficam menos vulneráveis a imprevistos internos; a diversificação cambial, que preserva o poder de compra com renda em dólar ou euro diante da desvalorização do real; e a sucessão mais eficiente, pois estruturas internacionais evitam processos longos e asseguram uma transição mais ágil do patrimônio.
Entre os instrumentos mais utilizados nesse processo estão: as holdings internacionais, que funcionam como um “guarda-chuva” para investimentos, imóveis e participações, centralizando a gestão; os trusts internacionais, que garantem sucessão planejada e maior proteção contra litígios; e as fundações privadas, ideais para famílias que desejam preservar e administrar o patrimônio com regras claras e de longo prazo.
Quando devidamente declaradas, representam modelos legítimos de gestão patrimonial, em conformidade com normas de compliance e acordos internacionais de transparência. Os custos variam de acordo com a complexidade, desde alternativas mais simples, como a abertura de empresas, até modelos robustos com trusts ou fundações.
A internacionalização, portanto, deve ser encarada como um investimento estratégico. Estruturada com transparência, substância e governança, ela garante não apenas proteção contra as incertezas locais, mas também liberdade para expandir negócios globalmente, transformando o esforço de uma vida em um legado seguro para as próximas gerações.