Internacionalização do patrimônio: proteção, crescimento e sucessão

Entre os instrumentos mais utilizados nesse processo estão: as holdings internacionais, que funcionam como um “guarda-chuva” para investimentos, imóveis e participações, centralizando a gestão

Escrito por
Jean Machado producaodiario@svm.com.br
Advogado
Legenda: Advogado

A instabilidade econômica e política no Brasil, somada à alta carga tributária e à morosidade dos inventários, tem levado cada vez mais empresários e famílias a buscar alternativas sólidas para proteger o patrimônio construído ao longo de anos. Nesse cenário, a internacionalização deixou de ser apenas uma tendência e se consolidou como uma estratégia eficaz de diversificação, proteção patrimonial e organização sucessória. 

No País, os principais pontos de atenção estão nos riscos de execuções trabalhistas, fiscais ou empresariais, capazes de comprometer todo um legado, além dos inventários demorados e custosos, que frequentemente expõem bens familiares a litígios. Ao transferir parte dos ativos para o exterior, surgem vantagens como: a proteção contra riscos locais, já que os ativos internacionais ficam menos vulneráveis a imprevistos internos; a diversificação cambial, que preserva o poder de compra com renda em dólar ou euro diante da desvalorização do real; e a sucessão mais eficiente, pois estruturas internacionais evitam processos longos e asseguram uma transição mais ágil do patrimônio.

Entre os instrumentos mais utilizados nesse processo estão: as holdings internacionais, que funcionam como um “guarda-chuva” para investimentos, imóveis e participações, centralizando a gestão; os trusts internacionais, que garantem sucessão planejada e maior proteção contra litígios; e as fundações privadas, ideais para famílias que desejam preservar e administrar o patrimônio com regras claras e de longo prazo.

Quando devidamente declaradas, representam modelos legítimos de gestão patrimonial, em conformidade com normas de compliance e acordos internacionais de transparência. Os custos variam de acordo com a complexidade, desde alternativas mais simples, como a abertura de empresas, até modelos robustos com trusts ou fundações.

A internacionalização, portanto, deve ser encarada como um investimento estratégico. Estruturada com transparência, substância e governança, ela garante não apenas proteção contra as incertezas locais, mas também liberdade para expandir negócios globalmente, transformando o esforço de uma vida em um legado seguro para as próximas gerações.

Gonzaga Mota
08 de Novembro de 2025
Doutora em educação, professora da educação básica, membro da Coordenação Colegiada do Fórum EJA/CE
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