Imunidade baixa

Escrito por Davi Marreiro , davimarreiro@sas.com.br
Davi Marreiro é professor e consultor pedagógico
Legenda: Davi Marreiro é professor e consultor pedagógico

Parafraseando Matias Aires: o que aparentemente é muito bom “mais depressa tende a perder-se, que a melhorar-se[...]”. Logo, “o último grau de perfeição, costuma ser o primeiro na ordem da corrupção.” No Brasil, especialmente, aquele que ontem foi apresentado como membro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, poderá futuramente ser investigado por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

Tornando-se um agravante o fato de que nem o Ministério da Educação (MEC) está imune de determinados agentes patogênicos. Faço questão de corroborar com os seguintes questionamentos de André Sathler: até quando manteremos os políticos e a política no rol de suspeitos a priori? “Quantas vezes mais teremos que ouvir a cantilena de políticos que se dizem não-políticos para ingressar na política, tentando fazer disso a aquisição de um bilhete fura-fila?”.

Já mencionei em outro artigo, mas não custa nada recordarmos, conforme Ursula Ludz, o mundo é um produto da humanidade, e a política? É o poder corrompido por alguns homens e mulheres, ou a política é o poder que revela a corrupção de parte da humanidade? Segundo W. Wilde, longe das tentações qualquer ser humano é resistente. Desgraçadamente, neste ínterim, muitos absoltos favorecidos, vencidos por tais tentações simplesmente compram com os lucros de seus pecados: requintes e indulgências!

Adivinha quem continua pagando essa conta? Nesse “sagrado” comércio político, o povo desfraldado sempre é o fiador condenado. Como nos alertou Einstein, quem dera que os povos vissem a tempo, quanto terão de sacrificar da sua liberdade para escapar à luta de todos contra todos! Atualmente, não precisamos de mais proselitismos duelistas, ou venerações cegas. Em outras palavras, em nome de interesses pessoais, não podemos abdicar do pensamento crítico e do senso coletivo. Aliás, parafraseando Santher, as peregrinações são inúmeras e as promessas incontáveis.

Até nos oferecem um quilo de migalhas prontas, mas o que recebemos são duas gramas de autenticidade. Por fim, na política, sempre são muitos feriados, porém santos, são exceções.

Davi Marreiro é professor e consultor pedagógico

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