Impressionismo e expressionismo
Ao analisar escolas, movimentos e doutrinas, bem como geniais pintores tive momentos de emoção. Saliente-se, no entanto, que referidos movimentos não se restringiram à pintura, mas alcançaram também aspectos da literatura, da música, do teatro, da escultura, da filosofia, enfim, das manifestações culturais e intelectuais. Vale ressaltar que o romantismo opôs-se ao classicismo; o realismo foi de encontro ao romantismo e precedeu ao impressionismo que, por sua vez, possibilitou o surgimento do expressionismo, bem como serviu de transição para arte moderna.
Lembrei-me de visitas inesquecíveis feitas, principalmente, aos museus do Louvre, em Paris, do Prado, em Madri, de Arte, em São Paulo, e à Galeria Nacional de Artes, em Washington, dentre vários. Estas casas de cultura incentivam que se façam reflexões sobre a vida, permitindo que as pessoas desenvolvam sentimentos como o amor e a solidariedade de forma consciente. Apesar de várias correntes existentes, concentrei-me no exame dos movimentos impressionista e expressionista.
O primeiro, com origem no final do século XIX, na França, caracterizou-se pelo interesse em efeitos de luz, não se preocupando com contornos e com tons sombrios, porém enaltecendo a alegria de viver. O segundo procurou mostrar não só os aspectos objetivos, mas as emoções subjetivas que pensamentos e acontecimentos suscitam no artista. Foi iniciado na Alemanha, atingiu seu auge entre 1910 e 1920. O impressionismo, embora mantendo temas do realismo, não se propôs a fazer denúncia social.
Mostra paisagens urbanas e suburbanas, como o naturalismo. A diferença está na visão estética: os impressionistas manifestam o momento em que a ação está acontecendo, originando novas maneiras de captar a luz e as cores, dando grande importância à luz natural. Entre os exponentes do impressionismo, destacam-se: Monet, Manet, Renoir, Sisley, Degas e Pissarro. Nos quadros destes artistas são comuns cenas passadas em jardins, a beira do rio Sena, em cafés, teatros e festas. Destacaria Monet e Renoir como os principais integrantes do movimento e as telas “Manhã no Sena” (Monet) e “Rosa e Azul” (Renoir).
Embora Renoir tenha sido um dos fundadores do impressionismo, desejou ser um pintor renascentista. Já no expressionismo, não existe a preocupação com a beleza tradicional e as obras mostram um enfoque pessimista da vida. O artista muitas vezes, dominado pela angústia e a dor, denuncia problemas sociais. O precursor do movimento foi o pintor holandês Van Gogh e, na minha visão, as telas “Os Girassóis” e “Noite de Verão” foram suas obras principais.
Gonzaga Mota é professor aposentado da UFC