Embate está chegando

Dentro de 72 horas, o eleitorado brasileiro estará exercitando o direito de voto, escolhendo prefeito, vice e vereadores, em todas as comunas, sob a vigilância da Justiça Eleitoral, inadmitindo desrespeito às normais legais, que determinam as atribuições de mesários e juízes de zona, nada sendo feito à margem da legislação vigorante.

Nas metrópoles, pela densidade eleitoral, a motivação é bem maior, com elevado número de pleiteantes às câmaras e prefeituras, sob os olhares atentos dos eleitores, desejosos de que logo chegue o dia do pleito.

Em passado longínquo, impediu-se a escolha do prefeito pela via direta, cabendo a prerrogativa da simples nomeação aos governadores, o que representava uma usurpação de garantia conferida ao cidadão, suscitando vigorosas reações, com vistas ao retorno da autonomia das capitais.

Nesse quadro de inconformismo, que tomou conta do País, coube a este articulista, investido do mandato de senador, a elogiada iniciativa de restabelecer a ansiada autonomia, conspurcada de um povo que sempre elegera seus dirigentes.

A PEC de minha autoria, firmada por número apreciável de senadores e deputados, numa glorificante campanha apoiada pelos segmentos esclarecidos de nossa Nação, ao longo de breve período, foi o ponto central de uma normalização imposta pela soberana vontade dos nossos parlamentares, sob aplausos da opinião pública nacional.

Até hoje, com humildade cívica, vejo-me referenciado pela aludida proposição, que teve como marco principal o grande comício do Vale do Anhangabaú, em São Paulo, quando líderes da maior expressão endossaram aquela reconquista.

Em Fortaleza de N. Senhora da Assunção, as preces chegaram aos congressistas, para consagrar algo que se tornara aspiração de nosso povo.
Direi, neste espaço, parafraseando uma expressão regional: “Honrei a minha fé democrática...”.

Mauro Benevides
Jornalista e senador constituinte